Panamá inicia debate interno para revisar normas e enfrentar Panama Papers
Cidade do Panamá, 11 abr (EFE).- O Panamá iniciará nesta terça-feira um diálogo com os setores bancário, comercial e jurídico para revisar a estrutura e o funcionamento dos sistemas financeiros e legal do país, estratégia proposta pelo governo para enfrentar o escândalo dos Panama Papers.
O presidente panamenho, Juan Carlos Varela, e a vice-presidente e chanceler do país, Isabel De Saint Malo, convocaram as direções da Associação Bancária Nacional, do Colégio Nacional de Advogados, da Associação de Advogados Internacionais e da Câmara de Comércio para "repassar as ações presentes e futuras em relação às recentes divulgações que envolvem o Panamá".
Apesar de a reação quase unânime do governo ter sido a defesa do Panamá, negando plenamente que o país seja um paraíso fiscal, representantes de alguns dos setores convocados à reunião já destacaram que uma revisão dos procedimentos financeiros e legais atuais é conveniente.
"Uma grande corporação reavalia suas estratégias e seus objetivos constantemente. Se o Panamá assumir sua posição de ser um país de serviços e quiser garantir sua competitividade, seus produtos (legais e financeiros) não podem escapar destas reflexões", disse hoje à Agência Efe o vice-presidente do Colégio Nacional de Advogados do Panamá, Juan Carlos Arauz.
Analistas financeiros como Felipe Chapman, presidente da junta de direção da empresa de consultoria panamenha Indesa, destacaram a necessidade que os negócios das sociedades anônimas sejam reformados com rapidez "porque o mundo mudou".
"Ao contrário do sistema bancário panamenho, que mantém vigência em termos de vanguarda e competitividade e migrou para um sistema de administração de riscos e políticas que obrigam a conhecer o cliente, o setor das sociedades anônimas está atrasado e começou a promover essas reformas muito tempo depois", disse Chapman à Efe.
Os Panama Papers revelaram a existência de milhares de empresas offshore e ativos escondidos ao fisco de personalidades de todo mundo, constituídas pelo escritório panamenho de advocacia e gestão de patrimônios Mossack Fonseca em 21 distintas jurisdições, muito poucas no Panamá, ressaltaram as fontes.
A Câmara de Comércio, Indústria e Agricultura do Panamá (CCIAP) disse em comunicado no último domingo que é "inadmissível que, havendo mais de 20 jurisdições mencionadas no vazamento, que este tenha sido batizado com o nome do Panamá, o que prejudica a reputação do país".
"O Panamá demonstrou seu compromisso de reforçar a transparência realizando importantes ajustes às leis nos últimos anos, cujo cumprimento agora deve ser fiscalizado de perto", disse a CCIAP.
A CCIAP ressaltou, além disso, que os padrões em matéria de troca automática de informações fiscal e financeira devem ser cumpridos por todos os membros da comunidade internacional, sem exceção.
O presidente panamenho, Juan Carlos Varela, e a vice-presidente e chanceler do país, Isabel De Saint Malo, convocaram as direções da Associação Bancária Nacional, do Colégio Nacional de Advogados, da Associação de Advogados Internacionais e da Câmara de Comércio para "repassar as ações presentes e futuras em relação às recentes divulgações que envolvem o Panamá".
Apesar de a reação quase unânime do governo ter sido a defesa do Panamá, negando plenamente que o país seja um paraíso fiscal, representantes de alguns dos setores convocados à reunião já destacaram que uma revisão dos procedimentos financeiros e legais atuais é conveniente.
"Uma grande corporação reavalia suas estratégias e seus objetivos constantemente. Se o Panamá assumir sua posição de ser um país de serviços e quiser garantir sua competitividade, seus produtos (legais e financeiros) não podem escapar destas reflexões", disse hoje à Agência Efe o vice-presidente do Colégio Nacional de Advogados do Panamá, Juan Carlos Arauz.
Analistas financeiros como Felipe Chapman, presidente da junta de direção da empresa de consultoria panamenha Indesa, destacaram a necessidade que os negócios das sociedades anônimas sejam reformados com rapidez "porque o mundo mudou".
"Ao contrário do sistema bancário panamenho, que mantém vigência em termos de vanguarda e competitividade e migrou para um sistema de administração de riscos e políticas que obrigam a conhecer o cliente, o setor das sociedades anônimas está atrasado e começou a promover essas reformas muito tempo depois", disse Chapman à Efe.
Os Panama Papers revelaram a existência de milhares de empresas offshore e ativos escondidos ao fisco de personalidades de todo mundo, constituídas pelo escritório panamenho de advocacia e gestão de patrimônios Mossack Fonseca em 21 distintas jurisdições, muito poucas no Panamá, ressaltaram as fontes.
A Câmara de Comércio, Indústria e Agricultura do Panamá (CCIAP) disse em comunicado no último domingo que é "inadmissível que, havendo mais de 20 jurisdições mencionadas no vazamento, que este tenha sido batizado com o nome do Panamá, o que prejudica a reputação do país".
"O Panamá demonstrou seu compromisso de reforçar a transparência realizando importantes ajustes às leis nos últimos anos, cujo cumprimento agora deve ser fiscalizado de perto", disse a CCIAP.
A CCIAP ressaltou, além disso, que os padrões em matéria de troca automática de informações fiscal e financeira devem ser cumpridos por todos os membros da comunidade internacional, sem exceção.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.