México reforça ações e cooperação externa para recapturar "El Chapo"

O governo do México intensificou as ações para recapturar Joaquín "El Chapo" Gúzman cinco dias após a fuga do chefe do narcotráfico da prisão de segurança máxima de Planalto I, e anunciou também reforço na cooperação com países vizinhos para evitar que ele escape para o exterior.

"Foram estabelecidos 101 pontos de bloqueio nas principais estradas dos Estados do México, Morelos, Hidalgo, Puebla, Guerrero, Tlaxcala, Aguascalientes, Colima, Guanajuato, Jalisco, Michoacán, Nayari, Querétaro, Zacatecas, Durango, Sinaloa, Sonora, Chihuahua, Campeche, Chiapas, Veracruz e o Distrito Federal", assinalou a Secretaria de Governo.

Além disso, quase 10 mil integrantes das Divisões de Segurança Regional da Polícia Federal estão em alerta máximo nas coordenações estaduais, estações e subestações localizadas nos 31 estados mexicanos e no Distrito Federal.

Parte desses homens foi distribuída em unidades especiais para a busca e localização do foragido, fazendo círculos concêntricos a partir do marco zero - a prisão de Planalto I, no município de Almoloya, no Estado do México.

Outras medidas incluem a distribuição de mais de 100 mil folhetos com fotografias recentes do narcotraficante em pedágios, além de operações especiais em hotéis, hospitais e funerárias.

O alerta também está mantido nos aeroportos para que todos os voos privados sejam revistados.

"O governo reitera que as forças de segurança trabalham de forma unificada e em coordenação com as autoridades estaduais na busca, localização e recaptura de Gúzman", disse o órgão em comunicado.

No entanto, o secretário de Governo, Miguel Ángel Osorio, recebeu hoje o embaixador da Guatemala no México, Arturo Duarte, com o objetivo de "revisar as ações coordenadas que ambos os países estão realizando desde o último sábado, após a fuga de 'El Chapo'".

"Acertamos intensificar as operações de inspeção e identificação em aeroportos e postos na fronteira", indicou o secretário.

Osorio já tinha se reunido ontem com o embaixador dos Estados Unidos, Anthony Wayne, com quem acertou o fortalecimento da coordenação e colaboração para a recaptura do líder do Cartel de Sinaloa.