Na Crimeia, Putin diz que "russos e ucranianos são o mesmo povo"
Moscou, 17 ago (EFE).- Em visita à península da Crimeia, epicentro das tensões entre seu país e a Ucrânia, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta segunda-feira que "russos e ucranianos são o mesmo povo".
Além disso, Putin qualificou como "humilhante" que cidadãos estrangeiros ocupem cargos no governo da Ucrânia e dirijam regiões desse país.
"Tenho certeza que, apesar de todas as dificuldades do atual momento, a situação na Ucrânia se ajustará" e o país "deixará a vergonhosa prática de submeter todo um enorme país europeu sob comando externo, com postos-chave no governo e de regiões em mãos de cidadãos estrangeiros", declarou presidente russo.
Putin argumentou que "tudo isso é humilhante para o povo ucraniano" e lembrou que os ucranianos são a terceira etnia mais numerosa da Rússia, com três milhões de pessoas, "sem contar os que vivem no país de forma temporária e os que têm a cidadania da Ucrânia".
Pouco antes, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, classificou como "desafio ao mundo civilizado" a visita de hoje do líder russo à Crimeia e advertiu que eleva a tensão no leste da Ucrânia.
"A viagem de Putin à Crimeia ucraniana sem o acordo das autoridades ucranianas é um desafio ao mundo civilizado, que eleva a tensão criada pelos militares russos e seus mercenários" nas regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk, escreveu Poroshenko no Facebook.
O líder ucraniano denunciou que "viagens como esta são a continuação da militarização da ocupada península ucraniana e a deixam em um isolamento ainda maior".
Putin participou, no balneário de Yalta, de uma reunião da chefia do Conselho de Estado russo, dedicada principalmente ao turismo no país.
A Crimeia foi anexada à Rússia em março do ano passado, pouco depois da queda, em Kiev, do presidente ucraniano Viktor Yanukovich (atualmente refugiado na Rússia) e a ascensão ao poder de forças europeístas.
Um mês depois, um levante pró-Rússia no leste da Ucrânia deu início a um conflito armado entre as tropas leais a Kiev e os rebeldes, que após 16 meses tem um saldo de cerca de 7.000 mortos, entre civis e combatentes, segundo os últimos dados da ONU.
Apesar da trégua na região do conflito desde meados de fevereiro, a situação piorou sensivelmente nas últimas semanas, com os dois lados se acusando diariamente de dezenas de violações do cessar-fogo.
Além disso, Putin qualificou como "humilhante" que cidadãos estrangeiros ocupem cargos no governo da Ucrânia e dirijam regiões desse país.
"Tenho certeza que, apesar de todas as dificuldades do atual momento, a situação na Ucrânia se ajustará" e o país "deixará a vergonhosa prática de submeter todo um enorme país europeu sob comando externo, com postos-chave no governo e de regiões em mãos de cidadãos estrangeiros", declarou presidente russo.
Putin argumentou que "tudo isso é humilhante para o povo ucraniano" e lembrou que os ucranianos são a terceira etnia mais numerosa da Rússia, com três milhões de pessoas, "sem contar os que vivem no país de forma temporária e os que têm a cidadania da Ucrânia".
Pouco antes, o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, classificou como "desafio ao mundo civilizado" a visita de hoje do líder russo à Crimeia e advertiu que eleva a tensão no leste da Ucrânia.
"A viagem de Putin à Crimeia ucraniana sem o acordo das autoridades ucranianas é um desafio ao mundo civilizado, que eleva a tensão criada pelos militares russos e seus mercenários" nas regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk, escreveu Poroshenko no Facebook.
O líder ucraniano denunciou que "viagens como esta são a continuação da militarização da ocupada península ucraniana e a deixam em um isolamento ainda maior".
Putin participou, no balneário de Yalta, de uma reunião da chefia do Conselho de Estado russo, dedicada principalmente ao turismo no país.
A Crimeia foi anexada à Rússia em março do ano passado, pouco depois da queda, em Kiev, do presidente ucraniano Viktor Yanukovich (atualmente refugiado na Rússia) e a ascensão ao poder de forças europeístas.
Um mês depois, um levante pró-Rússia no leste da Ucrânia deu início a um conflito armado entre as tropas leais a Kiev e os rebeldes, que após 16 meses tem um saldo de cerca de 7.000 mortos, entre civis e combatentes, segundo os últimos dados da ONU.
Apesar da trégua na região do conflito desde meados de fevereiro, a situação piorou sensivelmente nas últimas semanas, com os dois lados se acusando diariamente de dezenas de violações do cessar-fogo.
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