Acordos comerciais não bastam para unir América do Sul, diz Mangabeira Unger
Quito, 24 ago (EFE).- O ministro-chefe de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, Roberto Mangabeira Unger, afirmou nesta segunda-feira que os acordos comerciais não são suficientes para sustentar a união entre os países da América do Sul.
"Apoiamos Mercosul, Unasul e todos os instrumentos existentes de união na América do Sul, mas entendemos que os blocos comerciais são uma base frágil para a união sul-americana. Uma regulação mercantil não basta para sustentar essa união", disse Mangabeira Unger em entrevista coletiva realizada em Quito.
Como fez antes no Chile e no Paraguai, o ministro está em visita ao Equador para informar sobre a estratégia de desenvolvimento do Brasil, que, segundo ele, "deve ser construída no grande espaço sul-americano e não simplesmente dentro do país".
Mangabeira Unger disse que o objetivo do tour é propor a cada um dos países visitados uma "discussão profunda sobre a estratégia de desenvolvimento, na esperança de organizar uma grande convergência na América do Sul".
Sobre a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), formada por 12 países e com sede em Quito, o ministro afirmou que é "uma iniciativa importante", mas que corre o risco de ser "simplesmente uma forma de consulta política a serviço da segurança".
"Tem que ter substância e a substância é a estratégia de desenvolvimento", frisou o ministro-chefe de Assuntos Estratégicos.
A visita de Mangabeira Unger ao Equador também tem como objetivo propor algumas iniciativas bilaterais. Entre elas estão assuntos relacionados com educação, produção e a Amazônia.
O ministro indicou que a proposta do governo federal tem dois grandes horizontes políticos: superar os sectarismos na América do Sul e "unificar progressivamente a região para buscar uma revisão da ordem global monetária, comercial e de segurança".
Por outro lado, o ministro interino das Relações Exteriores do Equador, Xavier Lasso, ressaltou a visita de Mangabeira Unger e afirmou que o Brasil é o principal ator nos esforços de integração regional.
Mangabeira Unger disse que o governo brasileiro não nega a importância das diferenças ideológicas no continente, mas destacou que há problemas práticos e oportunidades históricas que unem a reunião, como a busca pela diminuição da dependência da extração de recursos naturais na economia.
Para o ministro de Assuntos Estratégicos da Presidência, a desaceleração da América Latina, que inclusive causará recessão em alguns países - entre eles o Brasil -, não é um obstáculo para a elaboração de acordos estratégicos.
"A crise é o grande aliado da mudança. Se não houvesse crise, se estivéssemos em uma época de facilidade, não estaríamos considerando alternativas", comentou Mangabeira Unger.
O titular da Secretária de Planejamento do Equador, Pavel Muñoz, concordou com o ministro brasileiro sobre pensar na crise como "uma nova estratégia de desenvolvimento".
"Que bom que não seja nem o Brasil nem o Equador o placo para essa nova estratégia, mas sim a América do Sul", destacou.
"Apoiamos Mercosul, Unasul e todos os instrumentos existentes de união na América do Sul, mas entendemos que os blocos comerciais são uma base frágil para a união sul-americana. Uma regulação mercantil não basta para sustentar essa união", disse Mangabeira Unger em entrevista coletiva realizada em Quito.
Como fez antes no Chile e no Paraguai, o ministro está em visita ao Equador para informar sobre a estratégia de desenvolvimento do Brasil, que, segundo ele, "deve ser construída no grande espaço sul-americano e não simplesmente dentro do país".
Mangabeira Unger disse que o objetivo do tour é propor a cada um dos países visitados uma "discussão profunda sobre a estratégia de desenvolvimento, na esperança de organizar uma grande convergência na América do Sul".
Sobre a União de Nações Sul-Americanas (Unasul), formada por 12 países e com sede em Quito, o ministro afirmou que é "uma iniciativa importante", mas que corre o risco de ser "simplesmente uma forma de consulta política a serviço da segurança".
"Tem que ter substância e a substância é a estratégia de desenvolvimento", frisou o ministro-chefe de Assuntos Estratégicos.
A visita de Mangabeira Unger ao Equador também tem como objetivo propor algumas iniciativas bilaterais. Entre elas estão assuntos relacionados com educação, produção e a Amazônia.
O ministro indicou que a proposta do governo federal tem dois grandes horizontes políticos: superar os sectarismos na América do Sul e "unificar progressivamente a região para buscar uma revisão da ordem global monetária, comercial e de segurança".
Por outro lado, o ministro interino das Relações Exteriores do Equador, Xavier Lasso, ressaltou a visita de Mangabeira Unger e afirmou que o Brasil é o principal ator nos esforços de integração regional.
Mangabeira Unger disse que o governo brasileiro não nega a importância das diferenças ideológicas no continente, mas destacou que há problemas práticos e oportunidades históricas que unem a reunião, como a busca pela diminuição da dependência da extração de recursos naturais na economia.
Para o ministro de Assuntos Estratégicos da Presidência, a desaceleração da América Latina, que inclusive causará recessão em alguns países - entre eles o Brasil -, não é um obstáculo para a elaboração de acordos estratégicos.
"A crise é o grande aliado da mudança. Se não houvesse crise, se estivéssemos em uma época de facilidade, não estaríamos considerando alternativas", comentou Mangabeira Unger.
O titular da Secretária de Planejamento do Equador, Pavel Muñoz, concordou com o ministro brasileiro sobre pensar na crise como "uma nova estratégia de desenvolvimento".
"Que bom que não seja nem o Brasil nem o Equador o placo para essa nova estratégia, mas sim a América do Sul", destacou.
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