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Unesco considera destruição de templo histórico na Síria de crime de guerra

Templo de Baalshamin foi erguido em homenagem a um deus, na cidade de Palmira  - iStock
Templo de Baalshamin foi erguido em homenagem a um deus, na cidade de Palmira Imagem: iStock

Em Paris

24/08/2015 14h08

A Unesco condenou nesta segunda-feira (24) a destruição pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI) do templo de Baal, nas ruínas da cidade síria de Palmira, e afimou que os responsáveis devem responder à justiça por esse "crime de guerra".

A devastação do templo foi conhecida uma semana depois de o EI executar o antigo responsável pela direção geral de Antiguidades e Museus de Palmira, Khaled al Asaad, por considerá-lo o "diretor dos ídolos" dessa cidade.

"A destruição sistemática de símbolos que encarnam a diversidade cultural da Síria revela a verdadeira intenção desses ataques, que privam a população síria de seu conhecimento, sua identidade e sua história", indicou em comunicado a diretora geral da Unesco, Irina Bokova.

Palmira é considerada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) uma relíquia única do século I d.C. e uma peça professoral da arquitetura e do urbanismo romano, pelas colunas de sua famosa rua principal e do templo de Baal.

O EI, segundo Bokova, "mata pessoas e destrói enclaves, mas não poderá amordaçar a história nem conseguirá apagar esse grande cultura da memória mundial".

"Apesar dos obstáculos do fanatismo, prevalecerá a criatividade humana. Os edifícios e enclaves serão reabilitados e alguns deles reconstruídos", concluiu a representante da Unesco, que fez um pedido à comunidade internacional para que demonstre unidade "diante da continuidade dessa limpeza cultural".