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Maduro propõe criação de Comissão Sul-Americana da Verdade sobre fronteira

28/08/2015 22h24

Caracas, 28 ago (EFE).- O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou nesta sexta-feira que irá propor à Unasul a criação de uma Comissão Sul-Americana da Verdade sobre a situação de "contrabando, tráfico de drogas e paramilitarismo" na fronteira de seu país com a Colômbia.

"Vou propor à Unasul, em acordo com o governo da Colômbia, porque aqui ninguém pode impor sua posição, porque é um assunto soberano binacional, que seja estabelecida uma Comissão Sul-Americana da Verdade que analise a situação fronteiriça", disse Maduro ao término de uma manifestação em Caracas em apoio ao fechamento da fronteira.

O presidente pediu para que se busque "uma personalidade de confiança representativa da América do Sul" para presidir essa comissão paritária e "ajude para a paz em meio a tanta mentira, tanto complô e conspiração".

"Como há tanta manipulação, vou propor que se estabeleça uma comissão da verdade que veja a situação do tráfico de drogas, do paramilitarismo, da guerra econômica, da economia criminal. Que venha a dizer a verdade que se recusam a dizer a "CNN", a "Caracol" e toda imprensa lixo internacional", ressaltou.

Maduro perguntou aos presentes na manifestação - que terminou em frente ao Palácio Presidencial de Miraflores - se percebiam "algum pingo de campanha de ódio na imprensa da Venezuela contra a Colômbia, ou mentindo contra o presidente Santos".

O próprio Maduro respondeu afirmando que "na Colômbia todos os veículos de imprensa estão em complô com uma campanha de ódio contra o povo da Venezuela, como ontem foi contra Chávez".

O objetivo dessa comissão da verdade sul-americana seria "verificar a situação do paramilitarismo, da revenda de produtos, do contrabando" na região fronteiriça com a Colômbia, assinalou.

De acordo com o presidente venezuelano, a Organização dos Estados Americanos (OEA) não tem "nenhuma utilidade nem valor para se envolver" na problema fronteiriço entre seu país e a Colômbia.

"A OEA deve tirar o nariz desses assuntos. Fora, OEA", ressaltou perante as milhares de pessoas que participaram da manifestação em apoio ao fechamento da fronteira convocada pelo governante Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV).