Otan pede a Rússia que pare de atacar oposição e civis na Síria
O Conselho do Atlântico Norte, o principal órgão de decisão da Otan, pediu nesta segunda-feira (5) a Rússia que pare "imediatamente" com os ataques contra a oposição e contra civis na Síria e que "centre seus esforços em combater" o grupo terrorista EI (Estado Islâmico).
Os embaixadores aliados, reunidos hoje de urgência a pedido do secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, depois de um avião russo violar o espaço aéreo turco em uma de suas incursões na Síria, pediram à Rússia "que promova uma solução do conflito através de uma transição política".
Eles ainda solicitaram explicações à Rússia sobre essa infração e pediram que "pare e desista" de violar o espaço aéreo aliado.
Os países-membros da Aliança expressaram em comunicado divulgado após o encontro sua "profunda preocupação" pela escalada militar russa na Síria e, "especialmente, pelos ataques das Forças Aéreas Russas" nas cidades sírias de Hama, Homs e Idlib, que "provocaram vítimas civis e não tiveram como alvo o EI".
"Os aliados pediram à Federação Russa que detenha imediatamente seus ataques à oposição síria e aos civis, que centre seus esforços em combater o Estado Islâmico e que promova uma solução ao conflito através de uma transição política", declararam.
Para a Otan, as ações militares da Rússia "alcançaram um nível mais perigoso com as recentes violações do espaço aéreo turco nos dias 3 e 4 de outubro" na região de Hatay com as aeronaves SU-30 e SU-24.
"Os aviões em questão entraram no espaço aéreo turco apesar das advertências claras, oportunas e repetidas das autoridades da Turquia", especificou a Aliança.
De acordo com as práticas da Otan nestes casos, aviões de combate turcos "responderam a estas incursões tentando identificar o intruso, e após isto os aviões russos saíram do espaço aéreo turco".
"Os aliados protestam energicamente diante destas violações do soberano espaço aéreo turco e condenam estas incursões e violações do espaço aéreo da Otan", e sublinharam o "perigo extremo de tal comportamento irresponsável".
Também pediram que a Rússia "tome todas as medidas necessárias para garantir que tais violações não aconteçam no futuro".
"A segurança da Aliança é indivisível e os aliados mantêm uma solidariedade forte com a Turquia", declararam, e alertaram que continuarão "seguindo estreitamente" os eventos nas fronteira sudeste da Otan.
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