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Pequim inaugura aeroportos em recifes disputados no Mar da China Meridional

Avião da Hainan Airlines aterrissa no aeroporto sobre o recife de Zhubi, no Mar da China Meridional - Guo Cheng/ Xinhua
Avião da Hainan Airlines aterrissa no aeroporto sobre o recife de Zhubi, no Mar da China Meridional Imagem: Guo Cheng/ Xinhua

Em Pequim

14/07/2016 08h11

A China inaugurou dois aeroportos situados em recifes das ilhas Spratly do Mar da China Meridional, região marítima que é alvo de disputa entre o governo chinês e filipino.

O jornal oficial chinês "Global Times" anunciou a inauguração dos dois aeroportos, situados nos recifes de Meiji e Zhubi, e que se somam ao inaugurado em janeiro no recife Yongshu.

Com esta ação, a China mantém uma postura de continuidade em sua política sobre o Mar da China Meridional, apesar de o Tribunal de Arbitragem de Haia (APC) ter dado na terça-feira (12) razão às Filipinas em suas reivindicações territoriais, que incluem parte das ilhas Spratly, entre elas estes recifes com aeroportos.

Além disso, os recifes de Meiji e Zhubi também são disputados por Taiwan e Vietnã, embora seja a China quem os controle.

Em entrevista à imprensa realizada hoje, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lu Kang, reafirmou a postura invariável de seu país depois da decisão em Haia, assegurando que não terá "nenhum efeito" na política da China, já que parte de um processo que Pequim considera "ilegal".

As ilhas Spratly incluem um grupo de mais de 750 recifes, ilhotas e atóis cuja soberania é reivindicada totalmente ou parcialmente por China, Filipinas, Brunei, Malásia, Taiwan e Vietnã.

"Se alguém quiser realizar alguma ação provocativa contra os interesses de segurança da China baseando-se na decisão judicial daremos uma resposta decidida", disse Lu.

Pequim rejeita o que considera processo "unilateral" realizado pelo presidente anterior das Filipinas, Benigno Aquino, embora veja com bons olhos a nova presidência de Rodrigo Duterte, por considerar que o líder filipino deixa a "porta aberta" para negociar o tema do Mar da China Meridional de maneira bilateral.