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Líderes opositores não reconhecerão resultados na Nicarágua

Daniel Ortega e sua mulher, Rosario Murillo, após votarem nas eleições deste domingo - Oswaldo Rivas/Reuters
Daniel Ortega e sua mulher, Rosario Murillo, após votarem nas eleições deste domingo Imagem: Oswaldo Rivas/Reuters

Em Manágua (Nicarágua)

07/11/2016 03h10

Líderes da Frente Ampla Democrática (FAD), a principal coalizão opositora da Nicarágua, que não concorreu no pleito deste domingo (6), declararam que não reconhecerão os resultados oficiais desta "farsa" eleitoral, que ainda não foram divulgados pelas autoridades, mas nos quais se espera uma nova reeleição de Daniel Ortega.

"O FAD quer deixar claro ao povo e à comunidade internacional que o ocorrido hoje, 6 de novembro, foi uma farsa eleitoral e uma fraude constitucional", assinalaram os líderes da Frente em comunicado.

Além disso, exigiram a realização de eleições livres e transparentes, porque as deste domingo "são ilegais".

Ortega é o grande favorito para conseguir seu quarto mandato e terceiro consecutivo, com sua mulher, Rosario Murillo, como candidato a vice-presidente.

Segundo o FAD, os nicaraguenses atenderam "ao chamado para demonstrar a farsa eleitoral, fazendo auditoria social e monitorando a atuação do regime ditatorial durante o dia todo".

"Por isso, podemos afirmar que os centros de votação estavam vazios ou com pouca afluência de eleitores, não foram todos os fiscais da suposta oposição, houve pressão aos funcionários públicos e seus familiares para obrigá-los a votar", denunciaram.

Esse grupo concluiu que mais de 70% da população em nível nacional não exerceu o voto.

De acordo com os líderes opositores, os nicaraguenses expressaram este domingo o total "repúdio ao projeto de partido único de Ortega e sua família".