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Ajuda humanitária chega a Mossul após mais de dois anos de controle do EI

Família iraquiana carrega bandeira branca sinalizando "paz" ao deixarem área que estava sob controle do Estado Islâmico em Mossul - Odd Andersen/AFP
Família iraquiana carrega bandeira branca sinalizando "paz" ao deixarem área que estava sob controle do Estado Islâmico em Mossul Imagem: Odd Andersen/AFP

15/11/2016 12h31

Um comboio humanitário com ajuda para 30.000 pessoas durante um mês, organizado por agências da ONU, entrou no domingo passado na cidade de Mossul, no Iraque, pela primeira vez em mais de dois anos, informou nesta terça-feira o Unicef.

As equipes atuaram "rápido" para oferecer "apoio imediato às comunidades afetadas pelos combates", disse em comunicado o responsável no Iraque do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Hamida Ramadhani.

O comboio, formado por 14 veículos, incluindo oito caminhões com ajuda, chegou ao bairro de Kukyeli, na periferia oriental de Mossul, o primeiro arrebatado dos jihadistas do Estado Islâmico (EI).

Os caminhões levavam provisões de emergência suficientes para cobrir as necessidades de 15.000 crianças e suas famílias - um total de 30.000 pessoas - durante um mês, detalhou a nota.

A ajuda inclui 5.000 kits de pastilhas de purificação de água, biscoitos energéticas, vasilhas e artigos de higiene tais como sabão, pasta de dentes e provisões para bebês como fraldas.

A distribuição foi concluída em seis horas entre o barulho de bombardeios de artilharia e explosões, acrescentou o Unicef.

Além do Unicef, participaram da organização do comboio o Programa Mundial de Alimentos (PMA) e o Fundo de População da ONU.

Mossul foi conquistada pelo EI em junho de 2014 e desde então tinha sido impossível introduzir qualquer tipo de ajuda na cidade, a segunda maior do Iraque.

A campanha militar para expulsar os jihadistas de Mossul e seus arredores foi lançada no último dia 17 de outubro pelas tropas iraquianas e as curdas "peshmergas", às que se uniu dias mais tarde a milícia xiita Multidão Popular.