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Congressistas pedem para Joe Biden não negociar com Cuba após protestos no país

2.abr.2021 - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em pronunciamento na Casa Branca, em Washington (DC) - Mandel Ngan/AFP
2.abr.2021 - O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em pronunciamento na Casa Branca, em Washington (DC) Imagem: Mandel Ngan/AFP

Da EFE, em Miami

14/07/2021 03h21Atualizada em 14/07/2021 08h14

Congressistas norte-americanos e líderes do exílio cubano pediram ontem para que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, faça o necessário para restabelecer a internet ao povo cubano que protesta nas ruas pedindo liberdade e não negocie com o governo do presidente Miguel Díaz-Canel.

Essas suas solicitações foram feitas em reunião no Museu da Diáspora Cubana em Miami que contou com a presença do governador da Flórida, Ron DeSantis, e da vice-governadora, Jeanette Nuñez.

A congressista María Elvira Salazar disse que republicanos e democratas devem se unir e falar com "uma só voz" para ajudar o povo cubano a se libertar. Já a líder do exílio Silvia Iriondo insistiu para que Biden dê passos concretos em apoio aos cubanos o quanto antes.

Estiveram na reunião os principais líderes do exílio e, além de Salazar, o congressista Carlos Giménez, ambos republicanos, assim como congressistas estaduais do mesmo partido.

Um dos grandes assuntos da reunião foi o corte da internet feito pelo governo cubano após o crescimento dos protestos no domingo passado e como resolver a situação para que os manifestantes possam se manter informados e conectados.

Vários dos participantes da reunião disseram que as redes sociais foram "o início do fim" de muitas ditaduras e pediram para que o governo dos EUA faça todo o possível para restabelecer o acesso dos cubanos à rede.

Manter as sanções, restringir o acesso às fontes de financiamento do governo cubano e não negociar com as autoridades de Cuba foram outras propostas discutidas.

O governador DeSantis disse que Cuba é origem da imensa maioria dos problemas do Ocidente e que a existência de um regime ditatorial e comunista é "devastadora para milhões de pessoas" e projudicial para a segurança dos EUA.

Jeanette Núñez argumentou que o povo cubano está "desesperado para ter liberdade" e afirmou que esta é a mensagem dos protestos, mais do que a covid-19 e a escassez de comida, vacinas e medicamentos, o que todos os oradores concordaram. DeSantis acrescentou que quando "o medo desaparece, não há volta atrás".

O advogado Marcell Felipe, da fundação Inspire America, pediu para que os militares cubanos fiquem do lado dos manifestantes para serem "os heróis de uma nova república", em vez de continuarem sendo "capangas".