Líder da oposição da Grécia se reúne com primeiro-ministro e presidente para discutir crise

O chefe da oposição conservadora grega, Antonis Samaras, se reúne neste domingo (6) com o primeiro-ministro, George Papandreou, e com o presidente do país, Karolos Papoulias, em um encontro que poderá levar a um acordo para a formação de um governo de coalizão.

A reunião, que pretende "explorar rapidamente a possibilidade de um acordo", ocorre após um final de semana de sobressaltos para Papandreou.

O premiê declarou neste domingo que está preparado para abandonar o cargo se a oposição chegar a um acordo sobre o nome de um novo primeiro-ministro e a formação de um governo de coalizão.

Segundo um comunicado do governo, o dirigente afirmou, em reunião com o Conselho de Ministros, que não tem interesse em permanecer no cargo. "É óbvio que este governo irá passar o bastão do poder, mas isso não será feito no vazio", disse. "Minha proposta é que escolham o nome de uma pessoa aceita por todos, como tinha falado em junho. Não sei se posso ser mais claro do que isso."

Sua renúncia é uma exigência do Antonis Samaras, líder da Nova Democracia (ND), para participar das negociações para a formação de um governo de coalizão, que será criado com o objetivo de superar a crise econômica que atinge o país.

Segundo informam a rede americana CNN com base em fontes oficiais do governo e as TVs gregas, o primeiro ministro não deve resistir à atual crise, embora tenha ganho a moção de confiança do Parlamento na última sexta-feira, com 153 votos a favor e 145 contra. Ele, entretanto, só deve anunciar sua renúncia após a formação de um governo de coalizão. Para o seu cargo são cotados os nomes de  Petros Moliviatis e Loukas Papaimos.

O novo governo trabalhará durante quatro meses. Entre as suas tarefas, além de tomar decisões para conter a crise econômica que abala o país, está a convocação de novas eleições.

No sábado, Papandreou tentou iniciar a formação de um governo de coalizão na Grécia, mas foi barrado pela oposição, que quer, além da renúncia do premiê, novas eleições.