Palestina: Um terço das famílias sofre com fome ou desnutrição, alertam agências da ONU

Os chefes de duas agências de ajuda humanitária das Nações Unidas alertaram nesta sexta-feira (21) para o agravamento da insegurança alimentar na Cisjordânia e na Faixa de Gaza, onde um em cada três lares palestinos agora lutam para alimentar suas famílias.

Os resultados preliminares de uma pesquisa conjunta realizada pelo Escritório Central de Estatísticas Palestina, o Programa Mundial de Alimentos (PMA), a Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados Palestinos (UNRWA) e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) constataram que 1,6 milhão de pessoas – 34% das famílias – sofreram de insegurança alimentar em 2012, um aumento dramático de 27% desde 2011, afirmou um comunicado conjunto da PMA e UNRWA.

A diretora executiva do PMA, Ertharin Cousin, e o comissário-geral da UNRWA, Filippo Grandi, visitaram nesta sexta-feira (21) a aldeia beduína entre Jerusalém e Jericó, onde ocorria uma distribuição de alimentos realizada em conjunto pelas duas agências.

Nos últimos três anos o PMA injetou mais de 100 milhões de dólares na economia palestina através da compra local e do resgate de vales-refeição eletrônicos. Este investimento apoia as empresas locais e gera empregos, afirmou o comunicado.

O PMA atinge cerca de 650 mil domicílios de não refugiados que sofrem com a insegurança alimentar na Palestina. Enquanto isso, a UNRWA presta assistência alimentar para mais de 1 milhão de refugiados palestinos com insegurança alimentar em todo o Oriente Médio.

Durante a visita à vila de Khan al Ahmar, os dois funcionários assinaram um Memorando de Entendimento, dentro de um acordo que irá aprofundar e expandir os laços entre suas agências.

"Além de colaborar mais nas áreas de segurança alimentar e nutricional, podemos compartilhar conhecimentos em logística, gestão da cadeia de suprimentos e outras iniciativas, não apenas na Palestina, mas regionalmente, especialmente à medida que enfrentamos o desafio da crise na Síria", disse Grandi.

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