Bens de Ronnie Lessa cresceram após morte de Marielle, mostra delação

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Dinheiro extra nas vidas dos suspeitos. Em delação para a Polícia Federal sobre o assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes, o ex-PM Élcio de Queiroz afirmou, pela primeira vez, que Ronnie Lessa foi o autor dos tiros. E revelou que Lessa comprou camionete e lancha, gastou com viagem aos Estados Unidos e estava construindo uma casa em Angra dos Reis. O patrimônio foi crescendo após o crime, disse o delator. Leia a íntegra da delação, revelada na segunda (24).

Valores milionários também tiveram movimentação nas contas de outro envolvido na execução da vereadora: Maxwell Simões Correia, ex-bombeiro com salário de R$ 10 mil mensais. O colunista Aguirre Talento escreve que, de março de 2019 a outubro de 2021, a conta bancária pessoal de Maxwell recebeu e pagou cerca de R$ 1,1 milhão, dinheiro incompatível com a atividade de servidor público, segundo as investigações da Polícia Federal. Empresa vinculada a Maxwell teve créditos e débitos de cerca de R$ 5,3 milhões em operações suspeitas de lavagem de dinheiro.

O passo a passo de um crime brutal. O ciclone da semana chegou mais cedo. Na segunda (24), o Ministério da Justiça e a Polícia Federal apresentaram novas conclusões sobre o assassinato de Marielle Franco, em 2018, no Rio de Janeiro. A vereadora do PSOL foi morta com quatro tiros no rosto. Em delação premiada, o ex-PM Élcio de Queiroz confessou ter participado do crime com Ronnie Lessa, autor dos disparos que também mataram o motorista Anderson Gomes. A versão do delator bate com os indícios colhidos pela polícia, escreve Pedro Canário.

Os policiais prenderam ontem Maxwell Simões Corrêa, ex-bombeiro acusado de vigiar Marielle antes da execução e, depois, atrapalhar as investigações. Segundo o ministro Flávio Dino, a delação "permite um novo patamar de investigação, a dos mandantes". Dino citou a participação das milícias e do crime organizado na morte brutal da vereadora de 38 anos. Em depoimento, Élcio afirmou que os passos de Marielle também eram seguidos por Edimilson Oliveira da Silva, o Macalé, que teria trazido "o trabalho" para Ronnie Lessa. Policial militar reformado, Macalé foi morto a tiros em 2021.

Brasil estreia com goleada na Copa. Com choro antes, durante e depois do jogo, a seleção brasileira venceu o Panamá por 4 a 0 na estreia na Copa feminina, na segunda (24). A emoção rolou solta já no Hino Nacional, com ajuda da torcida no estádio em Adelaide, na Austrália, que seguiu cantando. No primeiro de seus três gols, Ary Borges se jogou de joelhos na grama. Se o campo ainda não era sagrado, foi ficando, depois dos soluços da meio-campista maranhense.

No banco de reservas, Marta arregaçou as meias brancas, abriu um sorriso (de batom discreto) e levou correndo a sua majestade para o jogo aos 29 minutos do segundo tempo. Mais lágrimas, aplausos e gritaria, no país que finalmente assistia à Copa pela TV aberta. Os ídolos do esporte fazem mesmo o chão tremer. A torcida foi à loucura e ergueu um bandeirão, registra UOL Esporte. Veja aqui os principais lances da partida, ou melhor, do show para não esquecer de Ary Borges, a mais jovem a marcar três gols em uma estreia da seleção.

Nova Zelândia, dona da casa, perde para as Filipinas. Depois da vitória surpreendente na abertura, contra a Noruega, a seleção da Nova Zelândia perdeu para as Filipinas na madrugada de terça (25) por 1 a 0. O jogo da Coreia do Sul contra a Colômbia, vencido pelas colombianas, revelou a mais jovem em campo numa Copa feminina, Casey Fair, de apenas 16 anos. Também a Itália tem a sua "pequena Messi". Leia aqui.

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E onde você estava ontem quando Ary Borges fez praticamente quatro gols? A reportagem de Nossa acompanhou o jogo num lugar improvável. Ali não dava para abrir a janela e sacudir a bandeira na cara dos vizinhos. Em vez do quiet luxury (o luxo discreto da moda), era a comemoração discreta, gritinhos em vez de berreiro, todos sentados, sem pular, sem palavrão. Inclusive sem fones de ouvido para o som da narração. "A torcida teria que assistir o jogo no mudo", escreve Luciana Bugni sobre o voo de São Paulo para Recife que transmitiu a goleada nas telas individuais das poltronas dos passageiros. Leia em Nossa.

Escolas despreparadas para o racismo. Em São Paulo, os registros de casos de racismo no âmbito escolar dobraram em pouco tempo: foram 19 no ano passado, e já somam 36 casos de janeiro a junho de 2023. Episódios como imitações, gestos ofensivos e xingamentos de "macaca" fizeram com que duas professoras negras da cidade de São Paulo denunciassem as ocorrências para a Secretaria de Educação em busca de soluções.

Já são vários meses sem respostas. Diante de ameaças, uma professora está licenciada, longe da sala de aula. "Estão sinalizando que minha humanidade não importa", ela diz. Leia aqui.

Onde os pinheiros não têm vez. Moradores de São Paulo estão se despedindo de centenas, milhares de árvores devido à construção de novos prédios. Ipês, pinheiros e figueiras que sobreviveram por décadas na paisagem agora são cortados das calçadas para que caminhões gigantes da construção civil circulem sem entraves, revela reportagem de Ecoa.

No bairro de Pinheiros, o site Orbi contou 4.333 árvores derrubadas em 2022. Na cidade de São Paulo, no primeiro semestre deste ano, a prefeitura autorizou o corte de 8.430 árvores, com contrapartida do plantio de 27 mil mudas. Segundo a ativista ambiental Rosanne Brancatelli, os novos prédios não possuem quintais nem jardins.

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