Alvorada quase virou 'covil de golpistas' no governo Bolsonaro, revela Cid

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O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, afirmou em sua delação premiada que o então presidente da República queria esconder no Palácio da Alvorada alvos investigados pela Polícia Federal por ataques às instituições democráticas, para impedir que fossem presos. Um deles foi o influencer bolsonarista Oswaldo Eustáquio, que acabou fugindo para o Paraguai.

Cid disse que o então presidente chegou a determinar que Eustáquio, alvo dos inquéritos conduzidos pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, ficasse escondido na sua residência oficial, para evitar que fosse preso. Procurada, a defesa de Bolsonaro negou as acusações.

Diante das revelações, o colunista Josias de Souza lembra que o projeto do arquiteto Oscar Niemeyer para o Palácio da Alvorada "não tem lugar para covil de golpistas ou valhacouto de milicianos digitais".

E Leonardo Sakamoto percebe que a defesa do ex-presidente Bolsonaro cometeu um "ato falho", ao inabilmente afirmar que ele "não iria cometer crime por alguém com quem não mantinha relações próximas" -ou seja, insinuando que, se houvesse proximidade, poderia haver crime.

Já Carolina Brígido analisa que o ex-vice-presidente Walter Braga Netto deve ser absolvido em julgamento no TSE, em um aceno do presidente do tribunal, ministro Alexandre de Moraes, às Forças Armadas.

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Opinião

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