Autoridades eleitorais confirmam vitória de Peña Nieto no México
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STRINGER Mexico / Reuters
CIDADE DO MÉXICO, 8 Jul (Reuters) - Enrique Peña Nieto venceu a eleição presidencial mexicana de 1o de julho por 3,3 milhões de votos de vantagem, ou quase 7 pontos percentuais, embora acusações de fraudes e gastos de campanha excessivos possam ser revistas pelo tribunal eleitoral, disseram autoridades neste domingo.
A contagem de votos também confirmou que o Partido Revolucionário Institucional (PRI), de Peña Nieto, e seus aliados do Partido Verde terão minoria em ambas as Casas do Congresso, o que pode complicar a governabilidade do presidente quando ele tomar posse, em dezembro.
De acordo com a contagem final, Peña Nieto conseguiu 19,2 milhões de votos, ou 38,21 por cento do total, contra 15,9 milhões, ou 31,59 por cento, do esquerdista Andrés Manuel López Obrador.
Na terceira posição, com 12,8 milhões de votos, ou 25,4 por cento, ficou Josefina Vázquez Mota, do Partido da Ação Nacional (PAN), do presidente Felipe Calderón, que foi impedido pela Constituição de buscar a reeleição. O PAN foi punido pelo fraco desempenho da economia e a insatisfação com a violência do tráfico de drogas.
Calderón já tinha felicitado Peña Nieto pela vitória, assim como líderes de dezenas de outros países.
Os tribunais mexicanos têm até setembro para decidir se houve algo de ilegal na eleição ou oficialmente declarar Peña Nieto como presidente.
López Obrador e o PAN alegaram que Peña Nieto gastou dinheiro demais na campanha, embora ainda não tenham feito reclamações formais no tribunal sobre esse assunto.
López Obrador afirmou no sábado que está juntando evidências para entrar com a ação e pediu que o PAN se alinhe a ele.
Dezenas de milhares de pessoas fizeram no sábado uma passeata pela capital do México contra Peña Nieto, inclusive com faixas que o acusavam de corrupto e autoritário.
Peña Nieto nega qualquer delito, e autoridades do PRI dizem que podem processar López Obrador por suas acusações.
A vitória de Peña Nieto leva o PRI de volta ao poder após 12 anos. O partido ocupou a Presidência de 1929 a 2000.
(Reportagem de Michale O'Boyle e Ioan Grillo)