Furacão Isaac perde força, mas ainda causa transtornos nos EUA

Por Ellen Wulfhorst e Scott Malone

NOVA ORLEANS, Estados Unidos, 31 Ago (Reuters) - Os resquícios do furacão Isaac causaram fortes chuvas e ameaças de inundações nesta sexta-feira no vale do Mississippi, enquanto moradores do litoral sul dos Estados Unidos continuam limpando os destroços, e as instalações energéticas se preparam para retomar lentamente suas operações.

As empresas que exploram petróleo em alto-mar levaram seus funcionários de volta às plataformas no golfo do México, mas suas atividades devem levar vários dias para serem normalizadas. Uma refinaria da Louisiana precisou recorrer ao estoque emergencial de petróleo do governo.

O primeiro furacão a atingir os Estados Unidos neste ano será lembrado por chegar a Nova Orleans no sétimo aniversário do devastador furacão Katrina, e por servir como primeiro teste, com sucesso, para as novas defesas contra inundações construídas pela prefeitura depois do desastre de 2005 ao custo de 14,5 bilhões de dólares.

"Estamos agora totalmente na fase de limpeza e recuperação dessa tempestade", disse o prefeito de Nova Orleans, Mitch Landrieu.

O Isaac deixou algumas casas da Louisiana sob mais de 3 metros de água. Mais de 500 mil residências e empresas de Louisiana, Mississippi e Arkansas permaneciam sem eletricidade nesta sexta-feira.

Pelo menos quatro mortes foram atribuídas ao Isaac nos Estados Unidos, e pelo menos 23 pessoas já haviam sido mortas pela tempestade no Haiti e na República Dominicana.

A empresa AIR Worlwide, especializada na avaliação de desastres, disse na noite de quinta-feira que a tempestade causou entre 700 milhões e 2 bilhões de dólares em prejuízos cobertos por seguro (excetuando-se danos em alto-mar). Isso deixa o Isaac bem distante dos dez furacões mais devastadores na história do país.

O Centro Nacional de Furacões afirmou que o Isaac, que chegou a ser um furacão da categoria 1 e agora está classificado como depressão tropical, ainda deve provocar tornados em Estados do Meio-Oeste do país.

(Reportagem adicional de Chris Baltimore e Kristen Hays, em Houston; de Sam Nelson, em Chicago; de Ben Berkowitz, em Boston; e de Lisa Lambert, a bordo do Air Force One)

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