Após apagões, governo terá grupo para avaliar transmissão de energia

Leonardo Goy

Em Brasília

  • Sergio Lima/Folhapress

    Semáforo fica apagado e complica trânsito nesta quinta-feira (4), na Asa Norte, em Brasília, após um apagão que atingiu a capital federal

    Semáforo fica apagado e complica trânsito nesta quinta-feira (4), na Asa Norte, em Brasília, após um apagão que atingiu a capital federal

O ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, afirmou nesta quinta-feira que o governo criará um grupo de trabalho para avaliar o sistema de transmissão de energia.

A inciativa ocorreu depois que, em menos de duas semanas, pelo menos três grandes blecautes ocorreram no país.

"Serão técnicos das empresas do sistema, do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrica), da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que vão se juntar aos demais para a prevenção de acidentes dessa natureza".

Na quarta-feira (3), uma falha na subestação de Foz do Iguaçu de Furnas, empresa do sistema Eletrobras, causou queda no fornecimento em áreas do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Sistema Acre-Rondônia.

Na tarde desta quinta-feira (4), o desligamento de linhas de transmissão da Companhia Energética de Brasília (CEB) causou apagões no Distrito Federal. No momento mais grave, 80% do DF ficou sem luz, incluindo a região da Esplanada dos Ministérios.

No dia 22 do mês passado, um curto-circuito em um equipamento da Eletronorte em Imperatriz (MA) causou apagões no Norte e Nordeste.

Lobão disse que o fato de o incidente em Foz do Iguaçu e do Maranhão terem envolvidos panes em transformadores é uma "mera coincidência". "A manutenção de ambos foi feita normalmente", completou.

Lobão disse também que não é possível dar garantia absoluta de que incidentes como esse não irão mais acontecer, mas afirmou que o sistema brasileiro é um dos mais sólidos do mundo.

"O nosso sistema é bom, firme e forte, mas como todo sistema está sujeito a incidentes dessa natureza", disse.

Sobre o incidente da quarta-feira, o presidente de Furnas, Flávio Decat, disse que houve um incêndio no transformador da subestação de Foz do Iguaçu, devido a uma sobrecarga.

Já o diretor-geral do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Hermes Chipp, explicou que a carga comprometida no incidente de quarta-feira foi de 3,8 mil megawatts (MW), e que o impacto foi minimizado porque o Operador conseguiu fazer um desligamento controlado.

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