Iêmen pede que Obama cumpra palavra sobre Guantánamo com ações

JEDDAH, 2 Jun (Reuters) - O Iêmen deu boas-vindas neste domingo à promessa do presidente norte-americano Barack Obama de suspender a proibição de repatriar prisioneiros iemenitas de Guantánamo, afirmando que o presidente precisa passar das palavras para ações.

O ministro das Relações Exteriores, Abubakr al-Qirbi, afirmou que seu governo estava construindo um "centro de reabilitação" para abrigar iemenitas que foram detidos na prisão americana em Cuba por mais de uma década.

Obama prometeu, no último mês, acabar com a proibição de devolver iemenitas a seu país, um dos maiores obstáculos para desocupar o campo de detenção, e alterou as regras para ataques aéreos dos Estados Unidos.

Qirbi disse que o anúncio do presidente americano "traz esperança para as famílias dos detentos em Guantánamo e para os detentos em si, que por 12 anos têm sido mantidos na prisão e perderam a esperança de sair de Guantánamo".

"Obama precisa agora realmente transformar suas palavras em ações", disse ele a repórteres na cidade saudita de Jeddah.

"Nós vamos avaliar com as autoridades em Washington como podemos começar o processo baseados, claro, em condições que podem ser definidas pelos norte-americanos."

Dentre os 86 detentos liberados para serem transferidos ou libertados de Guantánamo, 56 são do Iêmen, onde a ala regional da al Qaeda é ativa. A maioria deles foi capturada mais de uma década atrás, após os ataques de 2001 nos Estados Unidos.

(Reportagemde Angus McDowall)

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

Veja também

UOL Cursos Online

Todos os cursos