Dilma indica Rodrigo Janot como procurador-geral
SÃO PAULO, 17 Ago (Reuters) - A presidente Dilma Rousseff indicou na noite deste sábado o subprocurador-geral da República Rodrigo Janot para o cargo de procurador-geral da República em substituição a Roberto Gurgel, cujo mandato terminou nesta semana, informou a Presidência da República em nota.
Nomeado para um mandato de dois anos à frente do Ministério Público Federal, Janot terá de ser sabatinado na Comissão de Constituição e Justiça do Senado antes de passar pelo crivo dos senadores.
"A presidenta Dilma Rousseff considera que Janot reúne todos os requisitos para chefiar o Ministério Público com independência, transparência e apego à Constituição", afirmou a nota da Presidência.
Procurador da República desde 1984 e subprocurador-geral desde 2003, Janot, de 56 anos, nasceu em Belo Horizonte e formou-se em Direito pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), onde também realizou mestrado, e fez cursos de especialização na Itália.
Ele encabeçava a lista tríplice apresentada pela Associação Nacional dos Procuradores da República ao governo federal, depois de ser o candidato mais votado na eleição interna da categoria, com 511 votos em um eleitorado de 888 votos.
Janot tem atuação na área de Meio Ambiente e Direito do Consumidor. Foi secretário de Direito Econômico do Ministério da Justiça em 1994 e diretor-geral da Escola Superior do Ministério Público da União entre 2006 e 2009.
Com a escolha de Janot, Dilma mantém a tradição inaugurada no primeiro mandato de seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de nomear como chefe do Ministério Público Federal o candidato mais votado pela categoria.
(Reportagem de Eduardo Simões)