Desemprego no Brasil fechou 2013 em 7,1%, segundo PNAD Contínua do IBGE

RIO DE JANEIRO, 10 Abr (Reuters) - O Brasil registrou taxa média de desemprego de 7,1 por cento em 2013, ante 7,4 por cento em 2012, segundo a nova pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre o mercado de trabalho, a PNAD Contínua, divulgada nesta quinta-feira.

No terceiro trimestre do ano passado, a taxa média foi de 6,9 por cento, caindo para 6,2 por cento em média nos últimos três meses do ano.

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua mostra assim que a taxa de desemprego no ano passado foi maior do que a anunciada anteriormente através da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), de 5,4 por cento na média, menor nível histórico.

A nova pesquisa tem maior abrangência nacional e será trimestral, enquanto a PME leva em consideração dados apurados em apenas seis regiões metropolitanas do país, e a ideia é que esta última seja substituída.

"Deixando de lado as importantes diferenças metodológicas e de amostra, o movimento do mercado foi o mesmo", afirmou o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo, acrescentando que houve redução na desocupação e aumento da formalização, com mais empregos com carteira de trabalho.

O ano passado foi marcado por baixos níveis de desemprego, apesar da fraqueza da economia, favorecendo o desempenho do consumo no país e o setor de serviços.

Já o dado mais recente da PME mostra que a taxa de desemprego no Brasil subiu a 5,1 por cento em fevereiro, segundo mês de alta.

Em ano de eleição em que a presidente Dilma Rousseff vai tentar o segundo mandato, o governo conta com o bom desempenho do mercado de trabalho como ponto positivo diante da economia fraca e da inflação alta.

Por força de uma lei do ano passado, o IBGE terá que suspender a divulgação da PNAD Contínua até o fim do ano para fazer ajustes, novos modelos metodológicos e testes na amostra do levantamento. O órgão entendia que as exigências contidas na lei teriam validade para o ano que vem, mas na verdade já entraram em vigor esse ano.

A pesquisa continuará indo a campo, mas não será divulgada ao público. A previsão é que no ano que vem o calendário da PNAD Contínua se normalizada. "Houve contestações ao erro amostral da pesquisa e queremos evitar eventuais contestações judiciais", disse a jornalistas a presidente do IBGE, Wasmália Bivar.

A próxima divulgação da PNAD Contínua seria em junho desse ano.

(Por Rodrigo Viga Gaier)

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