Crescimento da zona do euro no 1º tri decepciona e coloca pressão para BCE agir

Por Martin Santa e Annika Breidthardt

BRUXELAS/BERLIM (Reuters) - A economia da zona do euro cresceu muito menos que o esperado no começo do ano e a inflação permaneceu presa na "zona de perigo", abaixo de 1 por cento, aumentando a pressão sobre o Banco Central Europeu para que afrouxe a política monetária em sua próxima reunião em junho.

A economia de 9,5 trilhões de euros do bloco cresceu apenas 0,2 por cento no primeiro trimestre de 2014 ante o trimestre anterior, igual à taxa revisada para baixo do último trimestre de 2013, enquanto que economistas esperavam crescimento de 0,4 por cento.

O número do primeiro trimestre ficou positivo principalmente graças a um forte crescimento na maior economia, a Alemanha, que compensou estagnação na França e redução na produção na Itália, Holanda, Portugal e Finlândia.

O crescimento trimestral alemão de 0,8 por cento ultrapassou marginalmente as previsões e teve o dobro do ritmo ante o final de 2013. O crescimento nulo na França foi uma decepção ante expectativas de expansão de 0,2 por cento.

Alterações em estoques e gastos públicos foram os únicos fatores que impediram que a economia francesa se contraísse, enquanto o desempenho alemão foi largamente impulsionado pela demanda doméstica, segundo dados das agências de estatísticas da França e da Alemanha.

A perspectiva de crescimento para a zona do euro no segundo trimestre também é fraca, o que não ajudará a diminuir os riscos de deflação.

"Acreditamos que o crescimento do PIB provavelmente não será mais forte no segundo trimestre do que no primeiro trimestre. Essa 'recuperação' permanece fraca demais para parar as pressões deflacionárias", disse Vanden Houte da ING.

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