"Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor", diz Dilma a evangélicos

Eduardo Simões

Em São Paulo

Em busca do apoio de evangélicos, numa eleição que tem um pastor como candidato à Presidência, a presidente Dilma Rousseff disse em evento na igreja Assembleia de Deus nesta sexta-feira (8) que, embora o Brasil seja um Estado laico, "feliz é a nação cujo Deus é o Senhor".

Dilma disse que seu governo foi aquele que mais trabalhou pelo fortalecimento da família no país, e citou programas sociais de sua administração, como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida e o Pronatec.

"O Brasil é um Estado laico, mas, citando um salmo de Davi, eu queria dizer que feliz é a nação cujo Deus é o Senhor", disse a presidente ao iniciar o seu discurso .

"Nós temos muito que fazer", continuou Dilma, que busca a reeleição pelo PT. "A gente não muda tudo, não recupera o prejuízo em 10 ou 12 anos... Mas nós fomos capazes de mexer nas bases e construir um novo futuro."

Dilma lidera a corrida presidencial, com 38 por cento das intenções de voto, segundo pesquisa Ibope divulgada pela TV Globo na noite de quinta-feira. Num distante quarto lugar, com 3 por cento, está o pastor Everaldo (PSC).

A presidente estava acompanhada pelo governador do Distrito Federal, o petista Agnelo Queiroz, e por parlamentares, como o líder do PMDB na Câmara, deputado Eduardo Cunha (RJ), que também é líder evangélico e discursou antes dela.

Cunha, que na liderança do PMDB protagonizado vários atritos nas relações do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional, fez questão de dizer que não falava como líder peemedebista, mas sim como evangélico.

O parlamentar disse que as igrejas evangélicas não dependem de dinheiro público e afirmou que os evangélicos querem apenas o direito de defender que a vida começa na concepção, referindo-se ao debate sobre o aborto, e de pregar que o homossexualismo é pecado "assim como está na Bíblia".

Dilma não fez menção aos comentários de Cunha em seu discurso, preferindo enfatizar a importância de ações sociais realizadas por igrejas evangélicas, mas o parlamentar peemedebista aproveitou para agradecer à presidente pela revogação de uma portaria do Ministério da Saúde que, segundo ele, "legalizava o aborto ilegal".

"No momento seguinte que essa portaria foi editada, eu procurei o ministro [da Saúde Arthur] Chioro, expus as nossas posições e o ministro, provavelmente consultando a senhora, em menos de 24 horas revogou a portaria", disse Cunha.

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