Cidade alemã proíbe queima de fogos em acampamentos de refugiados no Ano Novo
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John MacDougall/AFP
Voluntário vestido de Papai Noel distribui presentes para filhos de refugiados, na Alemanha
Refugiados em uma cidade no oeste da Alemanha foram proibidos de soltar fogos de artifício para celebrar o Ano Novo. Entre os motivos, estariam preocupações de que barulhos de explosões pudessem traumatizar pessoas que fugiram de zonas de guerra.
A cidade de Arnsberg, em Renânia do Norte-Vestfália, emitiu normas em diversas línguas proibindo a venda de foguetes e fogos para moradores de acampamentos de refugiados, disse um porta-voz ao jornal Neue Westfaelische.
O departamento de bombeiros de Arnsberg também recomendou que os moradores da cidade considerassem não soltar fogos de artifício "para evitar recordar memórias nas pessoas que fugiram da guerra e ainda estão em conflito com os horrores que as ameaçaram".
Soltar fogos de artifício à meia-noite para celebrar o início do novo ano é tradicional e um grande show no Portão de Brandeburgo, em Berlim, televisionado ao vivo. No ano passado, foram gastos certa de 120 milhões de euros na queima de fogos, de acordo com a indústria pirotécnica.
No entanto, "pessoas que vêm de uma zona de guerra conectam altos barulhos de explosões mais com tiros e bombas do que com fogos", disse o porta-voz, de acordo com o jornal.
Ginásios, hotéis desabrigados e prédios vazios foram transformados em abrigos para algumas das milhões de pessoas que buscaram asilo na Alemanha neste ano, muitas fugindo de conflitos no Oriente Médio e África.
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