Atletas olímpicos dos EUA não expressam simpatia com Sharapova e se preocupam com Rio 2016
Por Joshua Schneyer e Scott Malone
BEVERLY HILLS, (Reuters) - Atletas olímpicos dos Estados Unidos expressaram pouca simpatia à revelação de que a estrela do tênis Maria Sharapova testou positivo em exame antidoping, dizendo que querem que autoridades esportivas aumentem a pressão para o jogo limpo.
Diversos atletas também expressaram preocupação sobre relatos de que a cultura do doping continua excessiva na Rússia e que a falta de comprometimento de outros países com políticas antidoping pode afetar a Olimpíada do Rio de Janeiro, de 5 a 21 de agosto.
O número recente de notícias sobre doping foi uma fonte particular de frustração, já que atletas norte-americanos enfrentam uma constante barreira de testes e muitos evitam até remédios para resfriados.
"Eu não gosto nem de tomar multivitamínicos, sou tão nervosa", disse Kayla Harrison, de 25 anos, que foi medalhista de ouro em judô na Olimpíada de 2012, em Londres, e espera defender seu título no Rio.
"Existem muitas coisas nesta lista que você nem imagina... você não pode tomar Benadryl (remédio para alergias) na competição", disse Kayla. "Me assusta muito porque a última coisa que quero é que um teste estrague minhas chances, estrague minha reputação. Para mim, o risco nunca é válido".
Nesta terça-feira, a atleta mulher mais bem paga do mundo, Maria Sharapova, já sentia as consequências do resultado positivo para uma substância banida pela Agência Mundial Antidoping em 1º de janeiro.
Patrocinadores, que incluem a Nike e Porsche, rapidamente retiraram seus vínculos com a atleta. O resultado também pode custar a vaga da russa na Rio 2016, embora o presidente da Federação Russa de Tênis tenha dito que ela deveria competir.