Sanders e Hillary trocam acusações sobre falta de qualificação para Presidência dos EUA

Luciana Lopez e Jonathan Allen

Em Nova York

  • Carlos Osorio/Associated Press

O pré-candidato democrata à Presidência dos Estados Unidos Bernie Sanders disse nesta quinta-feira (7) que a sua adversária na corrida pela indicação do partido, Hillary Clinton, não tem qualificação para ser presidente, em indicativo de como as duas campanhas estão cada vez mais agressivas à medida que se aproxima a prévia de Nova York, a menos de duas semanas, no dia 19 de abril.

Abalada por uma série de derrotas em outros Estados, Hillary questionou com veemência nesta semana as credenciais e a capacidade de Sanders para implementar sua promessa de campanha de acabar com os grandes bancos.

Sanders, senador por Vermont, disse a repórteres na Filadélfia que Hillary o hostilizou de "uma maneira realmente desnecessária" e mais uma vez questionou o preparo da pré-candidata democrata favorita nas pesquisas.

"Você tem qualificação para ser presidente dos Estados Unidos quando está arrecadando milhões de dólares de Wall Street, uma entidade cuja ganância, irresponsabilidade e comportamento ilegal ajudaram a destruir nossa economia?", indagou Sanders em uma coletiva de imprensa.

No que se tornou uma fonte crescente de aspereza na campanha democrata, a ex-secretária de Estado e ex-senadora Hillary reagiu com raiva à insinuação reiterada de Sanders de que o grande volume de doações que ela recebe da indústria financeira põe em xeque sua independência, uma ideia que ela ridiculariza.

Brian Fallon, porta-voz de Hillary, disse que o comentário de Sanders sobre 'não ter qualificação' é um "novo fundo do poço" na corrida.

O foco das campanhas democrata e republicana em meio à escolha dos candidatos que se enfrentarão na eleição presidencial do dia 8 de novembro se voltou para a primária de 19 de abril em Nova York, sede de Wall Street e de dois dos principais postulantes: Hillary e o magnata do setor imobiliário e republicano Donald Trump.

Para os democratas, a indústria financeira sediada em Nova York está no centro das atenções. Hillary conquistou muito mais delegados até o momento, mas Sanders está se mostrando cada vez mais popular --pesquisas em nível nacional revelam que ele e a ex-primeira-dama estão mais ou menos empatados entre os eleitores.

Sanders teve que defender seus comentários a respeito de Wall Street em uma entrevista ao jornal "New York Daily News", cuja transcrição despertou uma onda de artigos críticos de jornalistas políticos esta semana.

Hillary, que representou Nova York como senadora durante oito anos, disse que as respostas de Sanders fizeram com ele não parecesse ciente dos detalhes e das implicações de uma de suas principais propostas de reforma de Wall Street, que é desmantelar os bancos.

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