BC britânico mantém juros e alerta que deixar UE deve levar a crescimento mais lento

Por David Milliken e Andy Bruce

LONDRES (Reuters) - O Banco da Inglaterra alertou que a saída da Grã-Bretanha da União Europeia criará prolongada incerteza e provavelmente prejudicará a economia no curto prazo, mostrou a ata da última reunião de política monetária do banco nesta quinta-feira.

Este foi o mais forte alerta até agora da equipe que determina a taxa de juros e vem dois dias após o Fundo Monetário Internacional dizer que a economia do mundo pode sofrer se a Grã-Bretanha votar pela saída da UE no referendo de 23 de junho.

"Tal votação pode resultar em um período prolongado de incerteza sobre a perspectiva econômica, incluindo as expectativas para o crescimento das exportações", disse o Comitê de Política Monetária na ata da reunião de 13 de abril.

"Esta incerteza provavelmente pressionará a demanda para baixo no curto prazo... (e) terá implicações significativas para os preços dos ativos, em particular sobre a taxa de câmbio."

Pela primeira vez, as autoridades do banco disseram ter visto sinais de que o referendo que se aproxima está afetando as decisões empresariais, com a queda acentuada das vendas de propriedades comerciais, postergação de investimentos e menos companhias sendo listadas.

"Isto pode levar a certo enfraquecimento no crescimento no primeiro semestre de 2016", disseram.

Os nove membros do Comitê de Política Monetária foram unânimes no entendimento de que a taxa de juros deve permanecer na mínima recorde de 0,5 por cento, e mantiveram uma série de visões sobre a perspectiva.

O banco central reiterou que é mais provável que os juros subam do que não suba ao longo dos próximos três anos, e que quando isso acontecer a alta será gradual, dados os fatores negativos.

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

UOL Cursos Online

Todos os cursos