Fibria tem lucro de R$ 978 mi no 1º tri, abaixo do esperado

SÃO PAULO (Reuters) - A Fibria, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, teve lucro líquido de 978 milhões de reais no primeiro trimestre, influenciado por resultado financeiro positivo, revertendo prejuízo de 566 milhões no mesmo período de 2015.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado ficou em 1,25 bilhão de reais, aumento de 25 por cento na comparação anual.

O resultado, porém, ficou abaixo do esperado pelo mercado: a previsão média de analistas em pesquisa da Reuters era de lucro líquido de 1,26 bilhão de reais e Ebitda ajustado de 1,37 bilhão de reais.

O lucro da Fibria foi impulsionado pelo resultado financeiro positivo de 922 milhões de reais, refletindo a variação cambial sobre a dívida em moeda estrangeira, ante despesa de 1,75 bilhão de reais um ano antes.

Excluindo efeitos não recorrentes de créditos tributários e efeitos da variação cambial, o lucro no primeiro trimestre teria sido de 293 milhões de reais, disse a Fibria.

As vendas de celulose recuaram em ambas as bases de comparação, somando 1,14 milhão de toneladas. Houve baixa de 8 por cento no comparativo anual e de 13 por cento no sequencial.

"Além da demanda tradicionalmente mais fraca no período, a pressão sobre preços iniciada no fim de 2015, principalmente dos clientes chineses, continuou nos primeiros meses do ano", disse a Fibria, ressalvando que houve retomada significativa dos volumes de vendas para clientes chineses em março com o sentimento de que os preços atingiram o piso.

A receita líquida da Fibria no trimestre somou 2,4 bilhões de reais, alta anual de 20 por cento, diante do aumento do preço médio líquido da celulose em reais diante da variação cambial. Ante o trimestre anterior, a receita líquida caiu 20 por cento, devido a menores volumes e preço médio líquido em reais devido à queda do preço da celulose em dólar.

O custo caixa de produção ficou em 699 reais por tonelada, alta de 6 por cento sobre o trimestre anterior e de 22 por cento ano contra ano.

A alavancagem medida pela dívida líquida sobre o Ebitda, em dólar, ficou em 1,85 vez, contra 2,06 vezes no fim de 2015.

 

(Por Priscila Jordão)

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