Inflação nos EUA desacelera com gastos fracos do consumidor

WASHINGTON (Reuters) - A inflação dos Estados Unidos teve ligeira alta em março com os gastos do consumidor ainda fracos, deixando menos provável que o Federal Reserve, banco central do país, consiga elevar a taxa de juros duas vezes este ano.

O Departamento do Comércio informou nesta sexta-feira que o índice de preços PCE, excluindo os componentes voláteis de alimentos e energia, subiu 0,1 por cento no mês passado após alta de 0,2 por cento em fevereiro em dado revisado para cima.

O resultado ficou em linha com as expectativas dos economistas. Nos doze meses até março o núcleo do índice subiu 1,6 por cento, após alta de 1,7 por cento até fevereiro.

O núcleo do PCE é a medida de inflação preferida do Fed, e está abaixo da meta de 2 por cento do banco central. O Fed disse na quarta-feira que seu comitê de definição de política monetária continua a monitorar "de perto" a inflação.

O Fed deixou inalterada sua taxa de juros e sugeriu que não tem pressa para apertar a política monetária. Em dezembro o banco central elevou os juros pela primeira vez em quase uma década.

As autoridades do Fed haviam projetado mais cedo este ano mais dois aumentos dos juros em 2016. Mas as medidas baseadas no mercado das expectativas do Fed estão, na maioria, se alinhando para apenas uma elevação este ano.

A inflação está sendo contida pelo dólar forte e a energia barata. Um mercado de trabalho apertado também tem fracassado em gerar fortes ganhos do salário, contribuindo para moderar o crescimento do consumo.

Em março, os gastos do consumidor subiram 0,1 por cento, após a alta revisada para cima de 0,2 por cento em fevereiro. Anteriormente havia sido divulgado que os gastos do consumidor, que respondem por mais de dois terços da atividade econômica dos Estados Unidos, tinham subido 0,1 por cento em fevereiro.

Quando ajustado pela inflação, os gastos do consumidor ficaram inalterados, após ganho de 0,3 por cento em fevereiro. Os números foram incluídos no relatório do Produto Interno Bruto (PIB) publicado na quinta-feira.

Os gastos do consumidor devem recuperar ímpeto com o crescimento estável dos salários. A renda pessoal subiu 0,4 por cento em março após leve alta de 0,1 por cento em fevereiro.

(Por Lucia Mutikani)

((Tradução Redação São Paulo 55 11 5644 7509)) REUTERS EN CMO

Receba notícias do UOL. É grátis!

UOL Newsletter

Para começar e terminar o dia bem informado.

Quero Receber

UOL Cursos Online

Todos os cursos