Descoloração ameaça futuro da Grande Barreira de Corais australiana

Por Colin Packham

SYDNEY (Reuters) - O embranquecimento em larga escala de corais destruiu pelo menos 35 por cento do norte e do centro da Grande Barreira de Corais australiana, disseram cientistas nesta segunda-feira, o que representa um golpe duro na atração que é considerada um Patrimônio da Humanidade e que gera cerca de 3,59 bilhões de dólares anuais para o turismo local.

Os cientistas australianos disseram que a cifra da mortalidade de corais provavelmente irá aumentar, já que parte dos 65 por cento de corais restantes nos recifes do norte e do centro não estão se recuperando da degradação.

O levantamento põe em xeque as perspectivas de longo prazo da Grande Barreira de Corais tendo em vista a mudança climática, e os cientistas afirmaram que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) pode reconsiderar sua decisão de não incluir a barreira em sua lista de locais ameaçados.

"A Austrália argumentou que os valores do Patrimônio da Humanidade estão intactos por causa da região norte, e agora, é claro, sofreu um golpe duro", disse o professor Terry Hughes, diretor do Centro de Excelência de Estudos de Recifes de Corais ARC da Universidade James Cook, no Estado de Queensland.

Em março, os cientistas australianos disseram que só sete por cento da Grande Barreira de Corais escapou dos estragos causados pelo descoramento, e que estão muito preocupados especialmente com os corais do recife do norte.

O embranquecimento ocorre quando a água se torna muito quente, forçando os corais a expelirem algas vivas, o que faz com que se calcifiquem e fiquem esbranquiçados. 

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