Empresa de logística Gefco aposta em demanda por corte de custos para crescer no Brasil

SÃO PAULO (Reuters) - A companhia europeia de logística Gefco quer elevar seus negócios no Brasil neste ano, esperando capturar oportunidades com empresas do ramo industrial que buscam reduzir custos em meio à crise econômica.

Focada em gerenciamento de cadeias logísticas complexas, principalmente na área automotiva, e atuação nas de óleo e gás, aeronáutica, farmacêutica, a Gefco tem a PSA Peugeot Citröen e a Russian Railways como acionistas.

A principal aposta da companhia no curto prazo é a região Sul do país, onde montou uma nova unidade na cidade gaúcha de Guaíba, próxima do centro de distribuição da Toyota e da fábrica de caminhões da Foton.

A empresa, que recentemente obteve certificado de operador portuário, prevê iniciar operações no porto do Rio Grande (RS) e vê boas oportunidades de integrar fluxos entre a unidades na Argentina e no Brasil, com expectativa de retomada do volume de negócios entre os dois países, e pretende ainda atuar mais fortemente no segmento de pré-montagem.

"A economia e o setor automotivo no Brasil recuaram tremendamente. O faturamento por cliente ainda pode cair, mas o número de oportunidades está aumentando", disse à Reuters o chairman do conselho executivo global da Gefco, Luc Nadal.

"A maturidade da logística no Brasil está melhorando, com ferramentas de tecnologia da informação e sistemas para os quais muitas companhias estão olhando muito mais positivamente".

A Gefco espera crescer 33 por cento no país neste ano ante 2015, excluindo os negócios com a Peugeot Citroën, a principal cliente da companhia no país. A Gefco também trabalha com outras empresas do setor automotivo como Fiat Chrysler e fabricantes de componentes e de autopeças.

O faturamento da Gefco no país somou 300 milhões de reais no ano passado, quase estável sobre 2014, com a queda na receita com a Peugeot compensada pelo crescimento de outros negócios.

Para um prazo mais longo, a empresa, hoje também presente no Rio de Janeiro, em São Paulo, Minas Gerais e no Paraná, estuda abrir filiais no Nordeste, como na Bahia e em Pernambuco.

(Por Priscila Jordão)

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