Forças de segurança da Venezuela impedem novo protesto anti-Maduro

Por Girish Gupta e Daniel Kai

CARACAS (Reuters) - Forças de segurança da Venezuela usaram gás lacrimogêneo para deter centenas de manifestantes opositores nesta terça-feira, dia do protesto mais recente para exigir um referendo revogatório para retirar o presidente socialista Nicolás Maduro.

O líder oposicionista Henrique Capriles, que vem liderando a iniciativa, estava na linha de frente de uma multidão contida pela polícia e por soldados da Guarda Nacional quando tentava iniciar uma passeata até a sede do Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Agentes dispararam várias bombas de gás lacrimogêneo e um líquido desconhecido contra Capriles e outros. Os manifestantes entoavam "estou com fome" e erguiam fotos de ativistas políticos presos.

"Não vamos desistir. Nosso inimigo é Maduro. O problema é Maduro, não a Guarda Nacional", afirmou Capriles no local.

A coalizão opositora da Venezuela assumiu o controle da Assembleia Nacional nas eleições parlamentares de dezembro graças à revolta popular com uma crise econômica avassaladora e prometeu tirar Maduro do cargo ainda este ano.

Mas autoridades do governista Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV) dizem que agora não há mais tempo de organizar o referendo e que a oposição deveria ter começado sua tramitação em janeiro, e não em abril.

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