Exército do Iêmen expulsa combatentes da Al Qaeda de 2 cidades

Mohammed Mukhashaf

Em Aden

  • Saleh Al-Obeidi/AFP

As forças armadas do Iêmen, apoiadas por uma aeronave da coalizão árabe, mataram neste domingo (14) cerca de 40 suspeitos combatentes da Al Qaeda enquanto tentavam adentrar duas áreas tomadas pelos militantes no leste do Iêmen, segundo uma autoridade local e moradores.

A Al Qaeda na Península Arábica (AQAP) tem conduzido uma guerra civil de 16 meses entre o governo internacionalmente reconhecido do presidente Abd-Rabbu Mansour Hadi e os Houthis, aliados do Irã, para capturar uma faixa de 600 km da costa do Mar Arábico no leste do Iêmen.

As tropas de Hadi e forças da coalizão árabe liderada pelos Sauditas expulsaram a AQAP --amplamente considerada o braço mais perigoso do grupo militante global-- de Mukalla, capital da província de Hadramaute, em abril.

Desde então, os militantes têm repetidamente se retirado da região e retornado a Zinjibar e Jaar, capital da Abyan e segunda maior cidade da província.

O governador de Abyan Al-Khader Mohammed al-Saidi, falando por telefone de Jaar, disse à Reuters que três brigadas fizeram parte da operação e que tropas "tomaram completamente o controle de ambas as cidades".

Saidi afirmou que 40 membros da AQAP foram mortos em ambas as cidades, enquanto o resto dos combatentes fugiu. Ele disse que três soldados foram mortos e diversos ficaram feridos na operação.

"Encontramos com cidadãos e combatentes e ambos estavam felizes de estarem livres sob a autoridade do governo", disse o governador.

Moradores afirmaram que um homem bomba da AQAP se explodiu dentro de um carro tentando atacar tropas em Zinjibar, cidade de cerca de 100 mil habitantes, mas ninguém mais ficou ferido.

A Arábia Saudita e seus aliados do Golfo Árabe intervieram na guerra civil do Iêmen em março do ano passado, depois de os Houthis avançarem para o sul da cidade portuária de Aden e forçarem o grupo a fugir para Riad.

A guerra, que já matou mais de 6.500 pessoas e deslocou mais de 2,5 milhões, tem gerado uma catástrofe humanitária no Iêmen, um dos países mais pobres do mundo.

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