Israel pede cerimônia nos Jogos para atletas mortos em 1972

Por Karolos Grohmann

RIO DE JANEIRO (Reuters) - Israel pediu neste domingo uma celebração de seus atletas mortos na Olimpíada de 1972 em cada cerimônia de abertura dos Jogos, dizendo ao Comitê Olímpico Internacional que uma "bandeira negra" sempre voará sobre o evento multiesportivo.

Dias depois de o COI anunciar um local de luto em cada Vila Olímpica, com um minuto de silêncio em memória daqueles que foram mortos por palestinos armados, a ministra da Cultura e do Esporte de Israel, Miri Regev, pediu que o COI lembre suas mortes na cerimônia de abertura da próxima Olimpíada.

"Nosso bom amigo (presidente do COI) Thomas Bach foi o primeiro a entender a obrigação de o COI marcar essa tragédia", disse Regev, em uma cerimônia no Rio de Janeiro, com a presença de Bach e outros convidados.

Regev referiu-se à cerimônia de 3 de agosto na Vila Olímpica do Rio. Duas das víuvas dos assassinados em Munique foram apresentadas e disseram que a lembrança ofereceu-lhes o sentimento de encerramento.

Bach, um alemão, inaugurou o Local de Luto, que aparecerá em todas as Olimpíadas, com duas pedras da antiga Olímpia revestindo o vidro em uma região verde da vila dos atletas.

Ele, então, leu o nome das 11 vítimas israelenses, do policial alemão, que foi morto no mesmo dia, assim como o nome de Nodar Kumaritashvili, atleta morto na véspera da Olimpíada de Inverno de Vancouver, em 2010, em um acidente na pista de deslizamento.

"No entanto, essa cerimônia não é o bastante", disse Regev. "O luto pelos atletas de Munique não pertence apenas às famílias, apenas a Israel, ou ao povo judeu", ela disse. "É uma tragédia também para o COI, que tem uma bandeira preta sobrevoando-o".

"Isso tem que se tornar parte da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos, para lembrar ao mundo livre o que pode acontecer quando abaixamos nossa guarda".

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