Partido Novo estanca debandada de filiados com candidatura própria

A pré-candidatura do cientista político Felipe d'Avila a presidente fez o partido Novo estabilizar seu ritmo de filiações após a crise interna que culminou na desistência de João Amoêdo de concorrer ao Planalto, ainda em 2021. Após o início do governo Jair Bolsonaro, em 2019, o Novo perdeu muitos quadros e militantes.

Até setembro do ano passado, por exemplo, quase 35 mil pessoas haviam se desfiliado do partido, após o bom momento vivido pela legenda em 2018, quando foi uma das novidades da eleição presidencial. Neste ano eleitoral, 648 novas filiações foram abonadas pela atual direção partidária, que vê, pela primeira vez desde o final de 2020, uma estabilidade na balança de filiações.

O Novo conta agora com 31.288 filiados em todo o país, número muito próximo do patamar de setembro, quando a crise interna começou a se alastrar. Christian Lohbauer, um dos fundadores do Novo e candidato a vice-presidente da República em 2018, na chapa de Amoêdo, voltou ao partido. Ele assinou no sábado sua filiação, acompanhado do governador de Minas Gerais, Romeu Zema.

Lohbaur havia deixado o partido em setembro de 2021 por discordar das posições de Amoêdo, fortemente marcadas pelas críticas ao governo Bolsonaro. "Christian faz parte da história do Novo, fico feliz que ele esteja de volta", afirma Eduardo Ribeiro, presidente do Noovo. "O partido está unido, coeso e com um projeto claro para 2022. Chegaremos muito fortes em outubro." No sábado passado, 2, aconteceu em São Paulo o 6º Encontro Nacional do partido, no qual foram lançadas as pré-candidaturas do para as eleições de 2022.