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Luta política contamina criação de superentidade do setor de coleta de lixo
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A contaminação política de entidades classistas que tirou Josué Gomes do comando da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) pode fazer novas vítimas, dessa vez, no poderoso setor da coleta de resíduos sólidos, o lixo urbano.
As três maiores associações de empresas desse setor no país estão se juntando para criar uma só entidade, o que garantirá força extra nas negociações com os agentes públicos, ainda mais sob o novo marco do saneamento básico, aprovado no governo Jair Bolsonaro (PL) e sob a mira do presidente Lula (PT).
Abetre (Associação Brasileira de Empresas de Tratamento e Resíduos e Efluentes), Abrelpe (Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais) e ABLP (Associação Brasileira Resíduos Sólidos) estão nos trâmites finais da criação de uma superentidade, que também deverá englobar a atuação sindical de empresas.
Antes mesmo de a nova associação, que terá como foco a sustentabilidade, estar definitivamente criada, a escolha do executivo Pedro Maranhão para assumir o conselho está gerando disputa política nos bastidores do setor.
Maranhão foi secretário nacional de Saneamento do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) governo de Jair Bolsonaro e, segundo apurou a coluna, se apresentava como homem da confiança de Rogério Marinho, então ministro da pasta, e do próprio presidente da República.
É justamente essa proximidade de Maranhão com o governo anterior que tem levado dirigentes das empresas de lixo a questionar a escolha dele como o principal executivo da nova entidade. A avaliação é de que ele não conseguirá dialogar com o novo governo.
Um dos executivos descontentes, por exemplo, questionou, em conversa com a coluna, como será a relação de Maranhão com a ministra Marina Silva (Meio Ambiente) e com o Ministério das Cidades.
Integrantes da equipe de transição do presidente Lula chegaram a defender mudanças na legislação do saneamento, criada para estimular a participação da iniciativa privada no setor. Nos bastidores do novo governo, há expectativa de um "revogaço", principalmente no que diz respeito a concessões, privatizações e parcerias.
A coluna não conseguiu contato com Pedro Maranhão.
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