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PSB tenta atrair apoio tucano para Lula no Congresso
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A fragmentação do PSDB após as eleições do ano passado está abrindo espaço para aliados de Lula (PT) entrarem na disputa em busca de apoios ao governo federal. A ideia é evitar que a oposição ao presidente se aproprie completamente do legado tucano.
Um dos principais movimentos nesse sentido ocorre em São Paulo, onde o deputado federal Paulo Barbosa (PSDB) foi sondado pelo ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), sobre possíveis indicações para cargos na diretoria do Porto de Santos.
Barbosa é ex-prefeito de Santos e foi um dos deputados federais tucanos mais votados em 2022. Ele é considerado pelos governistas uma peça fundamental para quebrar as resistências a Lula na oposição. Em 2018, Barbosa declarou apoio a França na disputa contra João Doria, então no PSDB, pelo Palácio dos Bandeirantes.
O nome do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, também tem sido citado nas conversas para atrair apoios de prefeitos e parlamentares tucanos paulistas. Alckmin governou São Paulo por quatro mandatos e ainda mantém muita influência no partido.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, assumiu recentemente o comando do PSDB e declarou que o partido fará oposição a Lula, mas que ela não será "destrutiva". Os tucanos, no entanto, enfrentam muitas dificuldades para unificar um discurso e definir uma estratégia comum neste momento.
As posições de Leite são vistas com desconfiança porque no horizonte do governador estaria apenas a disputa do Planalto em 2026, e não a reconstrução do partido de forma programática. O governador nega essa intenção eleitoral.
Em São Paulo, permanece com muita força no PSDB o grupo que trabalha pela aliança com o governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), outro nome sempre lembrado para liderar a oposição a Lula.
O movimento governista, via PSB, na direção dos tucanos também tem por objetivo diminuir a influência de Tarcísio e de seu secretário de Governo, Gilberto Kassab (PSD), no PSDB.
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