Andreza Matais

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Reportagem

Sócio de Prates, diretor financeiro da Petrobras também deve deixar posto

O diretor executivo financeiro e de relacionamento com investidores, Sergio Caetano Leite, deverá ser o próximo a perder o emprego na Petrobras, segundo apurou a coluna.

Leite é o diretor mais próximo de Prates, demitido nesta terça-feira (14) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Os dois são sócios em várias empresas.

Antes da Petrobras, o diretor foi subsecretário do Consórcio Nordeste, grupo que reúne os governadores dos nove estados da região.

A substituição de Leite é dada como certa no governo. Já o diretor Mário Spinelli (Governança e Conformidade) entrou na bolsa de apostas como um diretor que pode ser trocado. Nesse caso, contudo, por sua relação com o ministro Fernando Haddad (Fazenda). Spinelli foi Controlador-Geral do Município de São Paulo (2013-2014) na época em que Haddad era prefeito.

No jogo político em Brasília, Haddad saiu derrotado com a queda de Prates. Enquanto que os ministros Alexandre Silveira (Minas e Energia) e Rui Costa (Casa Civil) ganharam a jogada. A escolha do substituto, entretanto, coube a Lula. Atualmente, Magda Chambriand está lotada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, com salário líquido de R$ 9.960,19, segundo documentos públicos. Na Petrobras, considerando benefícios, a remuneração chega a R$ 300 mil ao mês.

Troca de bastão

A reunião do conselho que irá deliberar sobre a antecipação da saída de Prates da Petrobras foi marcada para esta quarta-feira, 11 horas. A coluna apurou que a decisão será pela saída imediata dele. Ele participa da reunião. Até que a indicada do governo assuma, haverá um vácuo que se calcula será de uma semana.

Caberá ao presidente do conselho de administração, Pietro Mendes, indicar quem irá ocupar a vaga na interinidade. A coluna apurou que ele deve escolher Clarice Coppetti (Relacionamento Institucional e Sustentabilidade).

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"Caixa" da esquerda

A substituição de Prates estava precificada desde que ele se absteve na votação que rejeitou o pagamento de dividendos aos acionistas da Petrobras. A posição foi como um voto contra o governo que, naquele momento, se opôs à medida.

A crise teria escalada após chegar ao Palácio do Planalto a informação que de Prates estaria buscando político para se manter no cargo. Nesses relatos, ele teria buscado cooptar senadores e deputados da esquerda com o discurso de que a Petrobras poderia ser para eles como a Caixa é para o Centrão.

A coluna tentou contato com Prates, mas sem sucesso.

Reportagem

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