Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Ministro da Defesa pede reunião entre TSE e militares e acena com diálogo
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
O ministro da Defesa, general Paulo Sergio Nogueira, enviou um novo ofício ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Edson Fachin, nesta quarta-feira (15), acenando com a possibilidade de melhorar o diálogo com a corte eleitoral, mas solicitando um encontro entre militares e técnicos do TSE para discutir as "divergências técnicas" em relação ao processo eleitoral e as urnas.
"Para que se possa dar concretude ao diálogo proposto, solicito a Vossa Excelência o agendamento de um encontro entre as equipes técnicas do Tribunal e das Forças Armadas", escreveu o ministro.
Na segunda-feira (13), Fachin respondeu um outro ofício de Paulo Sergio, no qual ele afirmava que o TSE não estava "prestigiando" os militares, e pregou a necessidade de "diálogo interinstitucional" como forma de fortalecer a democracia.
No documento anterior, o ministro da Defesa reclamou de que, até o momento, não foi possível realizar discussões técnicas a cerca de nenhuma das sete sugestões apresentadas ao TSE. Isso porque, segundo ele, a Corte Eleitoral sinalizou que "não pretende" fazê-lo.
Segundo apurou a coluna, o objetivo do general foi pressionar para Fachin agende a reunião entre os técnicos, o que poderia ser uma forma de tentar desgastar o TSE.
No ofício enviado hoje a Fachin, Paulo Sergio afirmou que o objetivo da reunião seria "dirimir eventuais divergências técnicas surgidas nos trabalhos da Comissão de Transparência das Eleições (CTE) e discutir as propostas apresentadas pelas Forças Armadas".
Paulo Sergio diz ainda que não foi o Ministério da Defesa que apresentou as propostas técnicas ao TSE e que a pasta apenas reiterou as propostas das Forças Armadas, elaboradas no âmbito da CTE, "entendidas como essenciais para fortalecer a segurança, a transparência, a confiabilidade e a auditabilidade do processo eleitoral".
"Por fim, reitero a Vossa Excelência a certeza de que a manutenção do diálogo ora em comento é um importante instrumento para a construção de soluções que contribuam para o ambiente de paz e de tranquilidade da sociedade brasileira", escreveu.
Recentemente, o presidente do TSE afirmou que quem trata das eleições no Brasil são as "forças desarmadas" e que a Justiça Eleitoral não aceitará intervenções no processo eleitoral. A declaração de Fachin aconteceu em meio à escalada dos ataques infundados do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.