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Carla Araújo

REPORTAGEM

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General Villas Bôas é exonerado de cargo no Palácio do Planalto

General Eduardo Villas Bôas e o presidente Jair Bolsonaro - Pedro Ladeira/Folhapress
General Eduardo Villas Bôas e o presidente Jair Bolsonaro Imagem: Pedro Ladeira/Folhapress

Do UOL, em Brasília

21/06/2022 17h02

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O general Eduardo Villas Bôas foi exonerado nesta terça-feira (21), "a pedido", do cargo de assessor especial do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.

A exoneração foi publicada no Diário Oficial da União e é assinada pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira.

A coluna apurou que o general da reserva, que sofre de esclerose lateral amiotrófica (ELA), atendeu o pedido feitos por familiares e decidiu focar nos cuidados com a saúde. A doença de Villas Bôas está em estágio avançado, mas, mesmo com dificuldades na fala, o general continua se comunicando.

Villas Bôas assumiu o cargo no governo do presidente Jair Bolsonaro logo no início de 2019, alguns dias depois de deixar o comando do Exército. O general ficou à frente do Exército por quase quatro anos e foi sucedido no posto pelo general Edson Leal Pujol.

Relação com Bolsonaro

Em março deste ano, o presidente Jair Bolsonaro (PL) usou seu discurso em cerimônia alusiva ao Dia Mundial de Doenças Raras, celebrado em 28 de fevereiro, para elogiar o general Eduardo Villas Bôas. "Ele está umbilicalmente ligado a uma palavra sagrada, mais forte e mais valiosa que a própria vida: a nossa liberdade", declarou o presidente.

Em 2018, Villas Bôas, então comandante do Exército, fez um tuíte interpretado como pressão sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) para rejeitar um pedido de habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). À época, ele publicou que o Exército compartilhava do "anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade" e que também estava "atento às suas missões institucionais".