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Para militares, Bolsonaro respeitou 'limites', e saldo de 7/9 foi positivo
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É inegável que o presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou as celebrações de 7 de Setembro para passar a imagem de que tem apoio popular. E usar os atos cívico-militares para demonstrar força foi uma estratégia da campanha.
Dentro da caserna, houve incômodo com as mudanças dos atos militares para Copacabana, mas o comando das Forças Armadas acatou a ordem do "chefe Supremo", que é o presidente.
Mesmo assim, durante as negociações que antecederam os desfiles militares, o presidente foi informado pela cúpula do Exército de que os atos políticos deveriam ser separados das festividades do Dia da Independência.
A avaliação feita dentro da caserna é que "tudo transcorreu absolutamente de acordo com previsto", sem incidentes e com manifestações pacíficas. E que Bolsonaro soube respeitar os limites de ser um candidato à reeleição.
De acordo com um militar de alta patente da ativa ouvido pela coluna, além de Bolsonaro não discursar nos palanques oficiais, não houve qualquer manifestação de militares da ativa e não tinha ninguém fardado nos atos políticos.
Sobre as acusações de que Bolsonaro usou a estrutura da Presidência para fazer campanha, que já são alvo de ações da oposição, fontes militares afirmam que não cabe às Forças vetar os atos políticos que aconteceram depois das cerimônias.
"O que não poderia acontecer e não aconteceu é gente fardada participando de manifestação política", disse um general da ativa.
A mesma opinião foi apresentada pelo ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) e general da reserva Sergio Etchegoyen, que destacou que os militares não estiveram em palanques políticos.
Segundo ele, as Forças Armadas passaram a estar na narrativa das duas candidaturas majoritárias de Bolsonaro e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "Uma que tenta atingi-la para atingir o presidente e outra que tenta desfrutar do prestígio que têm pelas próprias Forças Armadas", disse.
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