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Sem presidente misógino, cobrir o Planalto mudou para jornalistas mulheres
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No governo do presidente Lula (PT), o tratamento às jornalistas mulheres mudou dentro do Planalto, na avaliação da colunista do UOL Carla Araújo. Para ela, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL) as mulheres muitas vezes lidavam com um tratamento machista, deselegante e preconceituoso.
A gente tinha um presidente misógino e isso interferia na forma como a gente se relacionava com boa parte do governo. Hoje temos um tratamento um pouco mais normal. Carla Araújo
Durante o programa Análise da Notícia, ela lembrou de um episódio em que questionou Bolsonaro sobre uma possível demissão do então presidente do BNDES, Joaquim Levy.
"No cercadinho perguntei ao Bolsonaro se ele estava demitindo Joaquim Levy e ele virou para mim e perguntou se eu era surda ou tinha algum problema de audição. Ele falou de um modo que nunca aconteceu em 20 anos de carreira. Nunca tinha recebido esse tratamento vindo de uma autoridade", disse.
Em sua visão e experiência cobrindo os bastidores da política em Brasília, Carla afirmou que o próprio comportamento do ex-presidente acabava permitindo que seus auxiliares agissem da mesma forma e tornassem o ambiente hostil.
Trato militar. Para a colunista do UOL, a apuração com fontes militares durante o governo Bolsonaro era mais tranquila que a relação com o próprio presidente e seus assessores. Carla afirmou que os militares apresentavam uma conduta mais educada e gentil.
Maior respeito com mulheres. O fato de mais mulheres fazerem parte do governo Lula também contribui, na avaliação de Carla, para que haja um melhor tratamento com jornalistas mulheres. "Tem uma concepção diferente do nosso papel como jornalista e há um respeito maior com a profissão. Acho que a gente acaba tendo um ambiente mais civilizado", afirmou.
Ambiente masculino no Congresso. Apesar da melhora para jornalistas mulheres durante o governo Lula, a colunista do UOL pontuou que, até pela falta de uma maior representatividade, o Congresso ainda é um ambiente masculino e machista. Ela destacou a falta de mulheres na história da presidência da Câmara e do Senado, e também afirmou que muitos dos deputados falam tocando, não respeitando o corpo das mulheres.
Dignidade menstrual. Sobre o pacote de medidas anunciado pelo governo neste dia 8 de março, Carla destacou a importância do programa de combate à pobreza menstrual. Para ela, essa intenção de tratar a mulher com dignidade é um contraponto ao governo anterior de Bolsonaro, que inclusive, vetou que esse programa saísse do papel.
O Análise da Notícia vai ao ar às terças, quartas e quintas, às 19h.
Onde assistir: Ao vivo na home UOL, UOL no YouTube e Facebook do UOL.
Veja a íntegra do programa:
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