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Apesar da provocação, Bolsonaro baixa o tom contra STF no 7/9 deste ano
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Parece que Jair Bolsonaro ouviu os conselhos de aliados para economizar nos ataques ao Judiciário no discurso de Sete de Setembro. Em relação ao ano passado, o presidente foi comedido. Defendeu a obediência às tais "quatro linhas da Constituição" e concluiu: "Todos sabem o que é o STF". A fala foi seguida de vaias da multidão. "A voz do povo é a voz de Deus", arrematou o presidente.
Durante o discurso, não se ouviu crítica ao sistema eleitoral brasileiro ou à urna eletrônica. Bolsonaro atacou, no entanto, a credibilidade do Datafolha - que, diga-se registrou na última sexta-feira 45% das intenções de voto para Luiz Inácio Lula da Silva e 32% para o presidente da República. Na próxima sexta-feira, o instituto divulga nova pesquisa, com eventual impacto dos eventos do feriado.
Em comparação ao Sete de Setembro do ano passado, Bolsonaro baixou o tom. Em 2021, o presidente disse que não cumpriria decisão do STF e chamou o ministro Alexandre de Moraes de canalha. Também disse que o sistema eleitoral não oferece "qualquer segurança".
No ano passado, Bolsonaro discursou na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e na Avenida Paulista, em São Paulo. Em Brasília, o presidente evitou ataques mais diretos ao STF. Em São Paulo, usou as palavras mais duras. Neste ano, ele repetiu a participação no evento da capital federal e à tarde seguirá para o Rio de Janeiro, onde discursará para apoiadores. Até lá, ainda dá tempo de o presidente mudar o tom.
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