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Delegado Saraiva ironiza diretor-geral da PF por negar politização do órgão
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O delegado Alexandre Saraiva ironizou hoje nas redes sociais a declaração dada pelo diretor-geral da Polícia Ferderal, Paulo Maiurino, de que o órgão não pode ser envolvido em "disputa política, eleitoral ou ideológica". A entrevista de Maiurino foi publicada ontem no jornal O Estado de S. Paulo.
"Afirmação feita por quem passou grande parte da carreira trabalhando com políticos (Alckmin, Witzel). Policial federal que estava dentro da política dizendo que a política não pode estar dentro da PF, parece contraditório?", escreveu Saraiva no Twitter.
O delegado foi exonerado do cargo de superintendente da Polícia Federal no Amazonas após pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) investigação contra o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles por associação ao contrabando de madeira da Amazônia. Ele acabou transferido para a cidade de Volta Redonda (RJ), onde trabalha atualmente.
No mês passado, Saraiva pediu à Corregedoria da PF para investigar o próprio Maiurino por omitir de seu currículo o fato de ter ocupado simultaneamente cinco cargos públicos em 2019, entre eles o de assessor especial do ex-governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel. A investigação está em curso.
"Caso verdadeiras as informações, em tese, houve acumulação dos cargos públicos. Assim, em teoria, a situação pode configurar enriquecimento ilícito e improbidade administrativa, especialmente se foi ultrapassado o teto, constitucionalmente previsto", escreveu Saraiva no ofício.
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