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Presidente do PSOL diz que apoio a Lula envolve revogar reforma trabalhista
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A forma como Lula, se eleito, deve lidar com a reforma trabalhista é assunto que causa polêmica não só entre opositores, mas também entre aliados do PT. Na terça-feira (3), o deputado Paulinho da Força, presidente do Solidariedade, disse, no evento em que o partido anunciou apoio à candidatura do petista, que ele deve esquecer a ideia de revogar a reforma. Paulinho apoia revisão de alguns pontos. Já outro partido parceiro, o PSOL, não abre mão de anular completamente as mudanças empreendidas pelo governo de Michel Temer nas leis do Trabalho.
"Queremos a revogação, esse é o termo que nós negociamos. O PT votou isso no seu diretório nacional também", explicou à coluna Juliano Medeiros, presidente do PSOL. "Porque essa reforma trabalhista prometeu que ia gerar milhões de empregos, não gerou nenhum e empurrou um contingente enorme de trabalhadores para uma condição de absoluta precariedade".
Medeiros diz que não entende qual parte da reforma pode ser defendida pelos integrantes da coligação de apoio a Lula. "Estamos falando de uma aliança bastante heterogênea, mas tanto PT quanto PSOL estão fechados quanto à revogação", garante. "Esperamos que isso seja incorporado ao programa de governo do Lula, até porque o que significa revisão? Tentar consertar a reforma que o Temer fez? Não sei o que o Paulinho vê de positivo nessa reforma".
O que o presidente do PSOL espera de Lula, caso ele seja eleito, é que mobilize a base de apoio do governo no Congresso para anular a totalidade das mudanças empreendidas por Temer. "O que a gente quer é o compromisso de que o governo e sua base vão apoiar essa ideia. Não precisa nem que Lula mande Projeto de Lei ao Congresso nesse sentido, basta que apoie essa proposição", diz Medeiros.
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