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Chico Alves

REPORTAGEM

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Após alta do diesel, caminhoneiros decidem se fazem paralisação nacional

Wallace Landim, Chorão, líder caminhoneiro - Reprodução de vídeo
Wallace Landim, Chorão, líder caminhoneiro Imagem: Reprodução de vídeo

Colunista do UOL

12/05/2022 04h00

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Presidente da Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava), Wallace Landim, o Chorão, está convocando reunião com outros representantes dos caminhoneiros para o próximo domingo com objetivo de decidir se a categoria vai fazer greve nacional em protesto contra a alta do preço do óleo diesel. O local do encontro ainda não foi definido, mas provavelmente será em São Paulo. "A situação do motorista de caminhão está insustentável, a conta não fecha", disse Chorão à coluna. "Mas vamos ver se há realmente disposição de todos para fazer uma paralisação".

Na segunda-feira (9), a Petrobras anunciou aumento de 8,87% nas refinarias de óleo diesel. O último reajuste ocorreu há menos de dois meses.

O líder caminhoneiro vai convidar também representantes de motoristas de aplicativo, motoboys e motoristas de frete para saber se eles apoiam o movimento. O principal objetivo é avaliar se há quórum para greve. "Os caminhoneiros estão agonizando, procurando algum oxigênio para sobreviver", define.

Chorão não tem esperança de que Jair Bolsonaro tome alguma providência para amenizar os problemas da categoria. "Viu o presidente falando na última live? Pedindo à Petrobras para não quebrar o Brasil, como se o assunto não tivesse relação com ele?", comenta. "A empresa tem 11 membros no conselho, seis são do governo. Como ele não tem nada a ver com isso?".

O líder da Abrava divulgou nota depois que o novo ministro das Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse ontem que teve sinal verde de Bolsonaro para desestatizar a Petrobras, inclusive as áreas do pré-sal. O texto fala em "surpresa" e "indignação" com a proposta do novo chefão da pasta.

"O Brasil precisa de uma estratégia de curto prazo para frear essa voracidade da Petrobras em saquear o bolso dos brasileiros e não vender", destaca a nota. "O problema que precisa ser enfrentado agora é a política de preços da Petrobras. O povo não aguenta mais nenhum aumento de gasolina, gás de cozinha e as consequências dos aumentos sequenciais do óleo diesel".