Bolsonaro é pano de fundo do excesso de regras para as eleições

Falei na Live UOL sobre o excesso de medidas e regulamentações que marcam as eleições deste ano.

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) concluiu na sexta-feira, 2 de setembro, a assinatura digital e a lacração das urnas eletrônicas, uma das últimas etapas de auditoria dos programas que serão utilizados durante a votação e a apuração.

As Forças Armadas acompanharam o evento e assinaram o sistema, ao lado de outras autoridades, como o Ministério Público Federal, a Ordem dos Advogados do Brasil e a Controladoria-Geral da União.

O presidente do TSE, Alexandre de Moraes, disse que a cerimônia nunca havia tido uma audiência tão grande.

"Esta etapa nunca foi acompanhada por tantas pessoas, organizações, instituições e órgãos de imprensa. Isso é bom porque legitima cada vez mais a Justiça Eleitoral e demonstra que ela atua de forma pública, transparente e confia nos seus sistemas."

É importante lembrar que o aumento do número de regras para as eleições deste ano - como as proibições do porte de arma e uso de celulares, nas zonas eleitorais - tem como pano de fundo o estímulo do presidente Jair Bolsonaro (PL) ao tumulto no processo eleitoral.

Pelo temor de que reacionários aloprados infernizem o dia 2 de outubro, temos um excesso de medidas, que não precisariam existir em um "Estado bem ordenado" - para usar as palavras de Erasmo de Roterdã em 1516 -, onde líderes honestos têm compostura e dão o exemplo.

Na Live UOL, falamos também sobre a propaganda eleitoral, em tom de fábula, do presidente, no horário eleitoral gratuito; sobre o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, que reclamou das "centenas" de pedidos de investigação que tem recebido; e sobre a "notinha" de Bolsonaro enviada à vice-presidente da Argentina, Cristina Kirchner.

Com Madeleine Lacsko, debato os principais assuntos do país diariamente, das 17h às 18h, com transmissão ao vivo nos perfis do UOL no YouTube, no Facebook e no Twitter.