Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Lula tenta intimidar os críticos dos calotes de Cuba e Venezuela
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Lula acusou de "pura ignorância" os brasileiros que criticam os governos do PT pelo "financiamento de engenharia para outros países".
Na Argentina, ele também prometeu repetir o modelo, "dentro das possibilidades econômicas" do Brasil, alegando que "o BNDES é muito grande". O objetivo, segundo o presidente, é colaborar com a construção do gasoduto que ligaria o campo de Vaca Muerta ao Rio Grande do Sul.
Na verdade, porém, a principal crítica ao financiamento de empreiteiros amigos de Lula pelo BNDES, com dinheiro dos brasileiros, para a realização de obras em ditaduras socialistas e demais países governados por aliados de Lula decorre do oposto da ignorância, que é o conhecimento dos fatos históricos.
Para a construção do Porto de Mariel em Cuba, o Brasil emprestou 656 milhões de dólares.
Para a expansão do metrô de Caracas e a ponte sobre o Rio Orinoco, na Venezuela, o Brasil emprestou 1 bilhão, 507 milhões de dólares.
Em ambos os casos, análises técnicas foram contrariadas com pressão política.
Resultado: Cuba e Venezuela deram calote no Brasil e até hoje devem 529 milhões de dólares, no total, ao BNDES.
Ao longo desse lento e incompleto processo de quitação dos empréstimos, o banco precisou acionar o Fundo de Garantia de Exportação e acabou sendo ressarcido pelo Tesouro Nacional em 855 milhões de dólares.
Ou seja: quem pagou pelos calotes dos aliados de Lula foram os contribuintes brasileiros.
Como cada dólar vale hoje mais de 5 vezes a nossa moeda, o prejuízo para todos nós supera, com folga, 4 bilhões de reais.
Já Lula, ao contrário do nosso povo, faturou alto com a Odebrecht.
Pela sua empresa de palestras, a L.I.L.S., ele recebeu quase 2 milhões, 850 mil reais entre 2011 e 2014.
Pelo seu instituto, ele recebeu 4 milhões de reais da construtora em 4 doações de 1 milhão cada.
A Odebrecht ainda fez reformas, custeadas inicialmente em 700 mil reais, no sítio de Atibaia, frequentado ao menos 111 vezes por Lula.
Os fatos históricos, muitos dos quais revelados pela imprensa, são teimosos.
Seus registros sobrevivem a processos judiciais independentemente de prescrições e extinções, de modo que intimidar os críticos com acusação de "pura ignorância" é apenas uma tentativa de passar a velha boiada no grito.
Pega mal para quem se diz democrata.
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