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Felipe Moura Brasil

OPINIÃO

Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.

Fatura de cartão corporativo expõe as duas caras de Bolsonaro

Colunista do UOL*

23/01/2023 18h05

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*Por Redação UOL Notícias

Na Live UOL, desta segunda-feira (23), o colunista do UOL Notícias Felipe Moura Brasil falou sobre os gastos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em seu cartão corporativo.

Nas despesas com alimentação, o cartão foi usado para comprar carnes como picanha, caviar, filé mignon e camarão. Também se repetem gastos com leite condensado e nutella.

As notas fiscais foram publicadas pela agência de dados "Fiquem Sabendo", especializada na LAI (Lei de Acesso à Informação). Até agora, foram escaneadas cerca de 2,6 mil páginas, o que representa 20% do total.

Para Felipe Moura Brasil, o cartão escancara as duas caras de Jair Bolsonaro.

"Apesar de toda a falta de refinamento do ex-presidente e de seus filhos, que eles tentavam usar como marketing a seu favor, o cartão expõe as duas caras de Bolsonaro. Os gastos estão mostrando que a refeição do ex-presidente no escurinho, quando as câmeras não estavam ligadas, era muito mais sofisticada do que ele mostrava em público para posar de homem simples e cidadão comum. Ele tem uma simplicidade apenas no sentido rudimentar, isso ele tem", comentou Moura Brasil, lembrando que Bolsonaro sempre tentou turbinar seus ganhos de maneiras suspeitas.

O colunista afirmou que é preciso estabelecer limites para esse tipo de poder econômico.

"Lula e a ex-presidente Dilma Rousseff também torraram dinheiro com o cartão corporativo. O atual presidente gastou até mais em quantidade. É claro que precisa haver uma comparação em termos de quais foram os gastos e em que, mas os dados são muito altos para um presidente da República e isso não pode existir. Agora, como um se limpa na sujeira do outro —e é por isso que os dois adoram ser antagonistas um do outro— pode ser que isso fique para trás. Mas é preciso estabelecer limites, critérios, responsabilizar e punir quem abusa desse poder econômico".

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