Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.
Vídeo: Polícia na Suíça precisa intervir e separar eleitores brasileiros
Receba os novos posts desta coluna no seu e-mail
Na pacata cidade de Genebra, na Suíça, a polícia local foi obrigada a intervir para evitar um enfrentamento físico entre eleitores brasileiros no local.
Terminada a votação, apoiadores de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva se posicionaram diante da seção de votação, à espera dos resultados. Se por alguns minutos ambos os lados cantaram unidos o hino nacional, as provocações e xingamentos não demoraram para ocorrer.
O clima foi esquentando, até que um princípio de confusão começou. Os seguranças que estavam no local imediatamente entraram em cena para separar os grupos, enquanto o campo bolsonarista gritava "comunistas" aos eleitores do ex-presidente Lula.
Antes, a polícia já havia sido acionada em duas ocasiões para coibir a tentativa de apoiadores de Bolsonaro de distribuir material de campanha na porta da seção.
Incidentes foram registrados em diversas cidades pela Europa, como em Lisboa. Mas o maior desafio dos brasileiros foi o tempo de espera para votar. Em algumas capitais, filas davam voltas nos quarteirões, enquanto muitos aguardaram por mais de três horas para poder votar.
Temendo violência, as autoridades brasileiras ampliaram as medidas de segurança em alguns dos principais postos de voto no exterior.
Mas milhares de brasileiros foram pegos de surpresa diante da decisão do Itamaraty de reduzir o número de locais onde os brasileiros poderão votar nas eleições presidenciais. Sob o argumento de que consultas foram realizadas com consulados do país no exterior, o governo optou por cancelar a organização de seções. A decisão deixou brasileiros indignados, principalmente na Itália.
A decisão foi considerada como um ato ainda mais polêmico diante da constatação do Tribunal Superior Eleitoral de que houve um aumento expressivo no eleitorado brasileiro fora do país, em comparação às taxas de 2018.
Em 2022, são 697.078 eleitoras e eleitores aptos a votar no exterior, 40% a mais que há quatro anos. O volume é praticamente o dobro dos eleitores brasileiros em 2014, quando 354 mil se cadastraram para votar naquele momento.
Mesmo assim, a decisão do governo foi por reduzir os locais de votação, em comparação ao que existia em 2018.
Ao UOL, o Itamaraty explicou que, nas eleições presidenciais há quatro anos, foram abertas 33 seções de votação em municípios diferentes das cidades onde estão sediadas as Embaixadas e Consulados brasileiros. Das 33 "seções fora da sede" realizadas em 2018, 22 foram abertas pela primeira vez", explicou a chancelaria.
Depois de uma consulta aos postos, a constatação do Itamaraty foi de que a experiência em 16 localidades foi considerada negativa pelos postos e, em consequência, sua repetição foi desencorajada". Apesar dos pedidos por parte da reportagem, a chancelaria jamais informou quais foram os postos que indicaram que a experiência foi "negativa".
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.